Gilda é um filme de 1946 e
Gilda (
Rita Hayworth), a protagonista, é a
sex-simbol para uma geração de norte-americanos que passou alguns anos de
privações quando foi recrutada para a Segunda Guerra Mundial. Três anos mais tarde, a
sex-simbol é
roubada ao universo mítico dos ex-
GI*, casando com um
príncipe das Arábias chamado
Aly Khan, em mais um dos inúmeros
casamentos do século do século XX…

Raras vezes uma fotografia de casamento podia ser tão fraudulenta, na distância entre o que mostrava e a realidade. Por um lado, a
sex-simbol da nação que ainda se pretendia passar por maioritariamente anglo-saxónica escondia uma ascendência que era em metade hispânica
** e, por outro lado, o príncipe das Arábias tinha nascido em Itália, de um pai que hoje seria considerado paquistanês
*** e de uma dançarina de
ballet italiana…

O casamento durou apenas 4 anos. Ao regressar aos Estados Unidos, entrevistada pelos jornalistas, Rita, rapariga simples, confessou que o seu maior desejo era comer um genuíno
hot-dog… Aly Khan, sempre
play-boy, veio a falecer num desastre de automóvel em Paris em 1960. Depois da morte de
Muhammad Ali Jinnah, e antes do aparecimento de
Zulfiqar Ali Bhutto, foi o paquistanês xiita mais conhecido mundialmente.
* Abreviatura em inglês para soldado de infantaria, também usado para designar todos ou qualquer soldado comum.
** Rita Hayworth chamava-se, de facto, Margarita Carmen Cansino.
*** O príncipe Aga Khan III era o Imã (líder espiritual) dos ismaelitas (uma corrente do xiismo) e nascera em Karachi em 1877.
Desses tipos todos, prefiro o discreto Glenn Ford que contracenou com a Ritinha quando ela foi "Gilda".
ResponderEliminarTeve um triste fim,a "lovely Rita"...