Os efeitos da globalização podem ser sempre interpretados da perspectiva económica dos que nela participam com o capital e dos que nela participam com o trabalho. Torna-se, no mínimo, curioso, ver aqueles a que estamos habituados a associar ao capital a defenderem os seus interesses quando estão do lado oposto. Foi o que ocorreu com o anúncio do encerramento da fábrica da NOKIA (finlandesa) de Bochum, na Alemanha, extinguindo 2.300 empregos e que será deslocalizada para a Roménia.
A reacção mediática negativa que o gesto desencadeou na comunicação social alemã, que não deve estar a agradar nada aos responsáveis da multinacional finlandesa, foi ainda acompanhada de proclamações de boicote aos produtos da marca, anunciados por pessoas tão respeitáveis e de latitudes políticas tão distintas quanto o próprio ministro das finanças Peer Steinbrück, do SPD (sociais-democratas) ou o ministro da agricultura, Horst Seehofer, da CSU (conservadores cristãos).
É engraçado concluir daqui quanto nos podemos enganar quando acreditamos naquelas manobras mediáticas bem montadas para nos fazer crer como se pensa no resto do mundo: para nós, Portugal é pobre, a Alemanha rica, e a esmagadora maioria dos alemães seriam a favor da globalização – lembrem-se do exemplo da fábrica da VW de Palmela e das ameaças recorrentes do seu encerramento… Afinal parece que não é só assim… Nem mesmo nos países ricos se aceitam pacificamente as sequelas da globalização…
…nem devemos acreditar, por falar em ideias que nos querem fazer crer que lá fora já foram perfeitamente aceites, que na Europa todos se mostrarão a favor da aprovação do Tratado, como agora nos explicaram para justificar a dispensa do referendo prometido. Se olharmos para os dois protagonistas da fotografia acima, percebe-se porque nem vale a pena queixarmo-nos - a não ser de nós mesmos! - da falta de credibilidade que grassa na política portuguesa…
É engraçado concluir daqui quanto nos podemos enganar quando acreditamos naquelas manobras mediáticas bem montadas para nos fazer crer como se pensa no resto do mundo: para nós, Portugal é pobre, a Alemanha rica, e a esmagadora maioria dos alemães seriam a favor da globalização – lembrem-se do exemplo da fábrica da VW de Palmela e das ameaças recorrentes do seu encerramento… Afinal parece que não é só assim… Nem mesmo nos países ricos se aceitam pacificamente as sequelas da globalização…
…nem devemos acreditar, por falar em ideias que nos querem fazer crer que lá fora já foram perfeitamente aceites, que na Europa todos se mostrarão a favor da aprovação do Tratado, como agora nos explicaram para justificar a dispensa do referendo prometido. Se olharmos para os dois protagonistas da fotografia acima, percebe-se porque nem vale a pena queixarmo-nos - a não ser de nós mesmos! - da falta de credibilidade que grassa na política portuguesa…
Será que a Merkel já estava à espera disto quando deu instruções ao Sócrates para não se meter em referendos?
ResponderEliminarJá agora, o cavalheiro que segue atrás do Sócrates, é o José Barroso, não é?
Está gordo e com ar decidido, talvez porque ganha bem e não espera ser deslocalizado...para breve.
Quando Barroso for deslocalizado estou boicotador do que ele se proponha vir para cá fazer. Esse e o Alto Refugiado...
ResponderEliminarJá somos dois e para os dois...
ResponderEliminarGostei do discurso de Barroso, defendendo que a deslocalização não era grave, porque era dentro da UE! É bonito e fica-lhe bem ao tom da pele...
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