Ainda a propósito da entrevista de Ruben de Carvalho ao Expresso julguei apropriado recuperar esta outra passagem:
Ruben de Carvalho: - (…) Em rigor, a derrota (no 25 de Novembro de 75) não foi nossa, e isso dá-me uma grande força moral. A história que se conta sobre o papel do PCP é falseada. Porventura leu um pequeno volume que se chama “Verdade e Mentira na Revolução Portuguesa”, de Álvaro Cunhal?
Ana Soromenho (entrevistadora) - Não.
Ruben de Carvalho: - Mas devia ler. Está lá tudo muito bem explicado.
O trecho da entrevista mostra-nos o quanto a entrevistadora é tenrinha nas mãos de um sabidão veterano forjando um argumento de autoridade. Quem é que realmente se dispõe a ler actualmente as obras de Álvaro Cunhal? Desde quando é que Cunhal pode ser fonte idónea para nos esclarecer sobre aquilo que aconteceu no 25 de Novembro? Como protagonista dar-nos-á a sua visão, agora procurar usar aquilo que escreveu como matéria de fé para comprovar a tese revisionista da História de que o PCP não saiu derrotado dos acontecimentos daquela data só ocorre mesmo aos comunistas e de uma certa geração. Que, mais do que propriamente dinossauros, parecem comportar-se mais como godzilas do marximo-leninismo, saídos ocasionalmente do fundo do mar e vindos à cidade para fazer estragos no discurso transmutado que o PCP usa na actualidade. Ruben de Carvalho é um daqueles monstros do passado que são capazes de recordar com a sua presença, apenas pela sua existência, que o PCP já foi o mais internacionalista dos partidos portugueses face à União Soviética e que, depois de uma reviravolta de 180º, hoje se consagra como o campeão do patriotismo face à União Europeia… A propósito sabiam, pela fotografia abaixo de 1976 em que aparece a ler o Pravda, que ele parecia ser fluente em russo?... Hoje há muito menos gente a precisar de mostrar saber russo.
Ruben de Carvalho: - (…) Em rigor, a derrota (no 25 de Novembro de 75) não foi nossa, e isso dá-me uma grande força moral. A história que se conta sobre o papel do PCP é falseada. Porventura leu um pequeno volume que se chama “Verdade e Mentira na Revolução Portuguesa”, de Álvaro Cunhal?
Ana Soromenho (entrevistadora) - Não.
Ruben de Carvalho: - Mas devia ler. Está lá tudo muito bem explicado.
O trecho da entrevista mostra-nos o quanto a entrevistadora é tenrinha nas mãos de um sabidão veterano forjando um argumento de autoridade. Quem é que realmente se dispõe a ler actualmente as obras de Álvaro Cunhal? Desde quando é que Cunhal pode ser fonte idónea para nos esclarecer sobre aquilo que aconteceu no 25 de Novembro? Como protagonista dar-nos-á a sua visão, agora procurar usar aquilo que escreveu como matéria de fé para comprovar a tese revisionista da História de que o PCP não saiu derrotado dos acontecimentos daquela data só ocorre mesmo aos comunistas e de uma certa geração. Que, mais do que propriamente dinossauros, parecem comportar-se mais como godzilas do marximo-leninismo, saídos ocasionalmente do fundo do mar e vindos à cidade para fazer estragos no discurso transmutado que o PCP usa na actualidade. Ruben de Carvalho é um daqueles monstros do passado que são capazes de recordar com a sua presença, apenas pela sua existência, que o PCP já foi o mais internacionalista dos partidos portugueses face à União Soviética e que, depois de uma reviravolta de 180º, hoje se consagra como o campeão do patriotismo face à União Europeia… A propósito sabiam, pela fotografia abaixo de 1976 em que aparece a ler o Pravda, que ele parecia ser fluente em russo?... Hoje há muito menos gente a precisar de mostrar saber russo.
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