A vitória do primeiro-ministro conservador Recep Erdogan nas eleições presidenciais turcas foi noticiada de forma nitidamente tépida por toda a comunicação social ocidental, demonstrando (se tal fosse necessário) o quanto ele não goza da sua simpatia nem da da maioria dos dirigentes políticos ocidentais. Mas, na sua evolução histórica, dividida entre as heranças culturais do Ocidente e do Oriente, há que aceitar que a maioria da população turca se tem expressado maioritária e democraticamente em favor da segunda e do consequente reforço da islamização da sociedade. Enquanto as regras do jogo político parecerem permanecer justas – Erdogan venceu com uns competitivos 51,8% dos votos – só existem razões para que se adopte quanto à Turquia o comportamento mais nobre de um verdadeiro democrata quando derrotado: aceitar a vontade da maioria dos cidadãos. Embora deva (continuar a) constatar o quanto a geografia eleitoral turca tem uma configuração arreigada com estranhas parecenças com fronteiras muito antigas, datando do Século XII.
Resultados eleitorais das eleições de domingo passado, de um referendo constitucional de 2010 a que já aqui me referira neste blogue e às do Império Romano do Oriente e do Sultanato turco de Icónio por volta de 1180.
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