Produto típico da época do condicionamento industrial, em que se privilegiava a produção nacional qualquer que fosse a sua qualidade, a laranjada da Bem Boa não passava de uma gasosa ainda da época do pirolito, só que levava uma dose adicional de corante artificial. Aliás, o sítio onde as garrafas familiares mais se viam não era em nenhuma casa de família, mas sim na taberna, onde um poucochinho de laranjada era normalmente adicionada ao copo de três (vulgo penalti) para o tornar mais suave…
Durante a década dos anos sessenta houve quem pensasse que o consumo de laranjada podia sair desses sítios mais populares para ganhar outros tipos de consumidores, que fossem mais jovens e mais sofisticados. Um desses exemplos foi a campanha de lançamento da Schweppes em Portugal, que recorreu à metodologia teaser utilizando o nome do produto para chamar a atenção para o aparecimento do produto no mercado – recorde-se que o emprego de palavras estrangeiros no português era bem mais raro do que actualmente.
Durante a década dos anos sessenta houve quem pensasse que o consumo de laranjada podia sair desses sítios mais populares para ganhar outros tipos de consumidores, que fossem mais jovens e mais sofisticados. Um desses exemplos foi a campanha de lançamento da Schweppes em Portugal, que recorreu à metodologia teaser utilizando o nome do produto para chamar a atenção para o aparecimento do produto no mercado – recorde-se que o emprego de palavras estrangeiros no português era bem mais raro do que actualmente.
Outro exemplo, foi o da Laranjina C, e aí a acentuação das características distintas do produto fazia-se através da embalagem (acima), quer fosse por causa do formato da garrafa, redonda, a fazer lembrar a laranja original, quer fosse por causa do rótulo, semelhante a uma folha que lhe estivesse agarrada. Para mais, note-se o cuidado neste último em frisar a ausência de corantes na composição da laranjada, para que houvesse uma distinção com a concorrência mais antiga e menos sofisticada…
As duas últimas laranjadas pertencem já a uma terceira fase evolutiva, iniciada logo nos princípios da década de setenta. O produto não só já não tinha corantes como não tinha conservantes e, ainda por cima, como se lia nas explicações dos rótulos (gravados no vidro das garrafas), só a cor escura do vidro das garrafas preservava as vitaminas… Contudo alguma coisa distinta que desconheço terá acontecido na história das duas marcas para que o Sumol seja o que é e o Fruto Real não passe de uma recordação…
Uuummm, será que falar de laranjadas no dia de hoje tem algum significado subliminar?..
ResponderEliminarJá havia laranjas e já se fazia sumo delas antes da fundação do PPD... e ainda vai haver imagens de punhos e de rosas depois da extinção do PS.
ResponderEliminarA laranjada está cada vez mais concentrada.
ResponderEliminarA laranjada laranja ficou em segundo mas não evitou todas aquelas caras de enterro.
ResponderEliminarSó que há uma laranjada que é mais recente aquela que "correu com a Maria Lurdes de Rodrigues".