Konstantin Jireček (abaixo, 1854 – 1918), foi um historiador, diplomata e activista pan-eslavo de cultura checa, embora vienense de origem. Apesar da sua inclinação em prol de uma unidade dos povos eslavos, os trabalhos de Jireček vieram a ser usados em benefício da sua pátria de origem, o Império Austro-Húngaro, que lhe veio aliás a reconhecer o feito com a concessão de uma cátedra na Universidade de Viena em 1893.
A Linha Jireček (abaixo) remontará à Antiguidade e consiste na demarcação da fronteira entre as regiões onde, dentro das fronteiras do Império Romano, predominavam o latim e o grego como línguas oficiais. Olhando para o mapa, percebe-se porque Flávio Aécio, de quem este blogue reclama a herança, apesar de ter nascido em Silistra no Norte da Bulgária actual, pertencia ao universo latino e fez carreira no Império do Ocidente…
Baseada num extenso trabalho arqueológico, a Linha criada por Jireček nunca teria passado de uma mera curiosidade histórica, um assunto de especialistas, não tivesse ela aparecido em 1911, em plena disputa dos Balcãs pelas potências europeias, disputa essa que viria a estar, dali a três anos, por detrás da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Jireček, que era um reconhecido eslavófilo, reforçava com ela as pretensões austríacas na região…
É que a Linha situava-se bem mais a Sudoeste do que a fronteira religiosa e cultural que perdurava desde os tempos medievais (acima), que separava o Catolicismo Romano e o alfabeto latino (a azul), do Catolicismo Ortodoxo e do alfabeto cirílico (a vermelho), e que havia servido de referência (e pretexto) para a expressão da influência russa nos Balcãs. A Linha Jireček podia servir para os austríacos expandirem as suas ambições…
Baseada num extenso trabalho arqueológico, a Linha criada por Jireček nunca teria passado de uma mera curiosidade histórica, um assunto de especialistas, não tivesse ela aparecido em 1911, em plena disputa dos Balcãs pelas potências europeias, disputa essa que viria a estar, dali a três anos, por detrás da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Jireček, que era um reconhecido eslavófilo, reforçava com ela as pretensões austríacas na região…
É que a Linha situava-se bem mais a Sudoeste do que a fronteira religiosa e cultural que perdurava desde os tempos medievais (acima), que separava o Catolicismo Romano e o alfabeto latino (a azul), do Catolicismo Ortodoxo e do alfabeto cirílico (a vermelho), e que havia servido de referência (e pretexto) para a expressão da influência russa nos Balcãs. A Linha Jireček podia servir para os austríacos expandirem as suas ambições…
Boa memória
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