21 julho 2009

OH CAPTAIN! MY CAPTAIN!*

Se a respeitável figura grisalha da fotografia acima não é assim tão facilmente reconhecível, a outra, a da fotografia abaixo, nem por isso... Mas eu explico o que as une: ambas capitanearam grandes desastres, um deles, ocorrido há quase 100 anos, o afundamento do Titanic em 15 de Abril de 1912, e o outro os resultados do PS nas eleições europeias do mês passado quando, pela primeira vez na sua história, o partido recolheu menos de um milhão de votos em eleições nacionais…
Simbólico de conceitos de honra e dignidade de uma outra época, o Capitão Edward J. Smith justificou a respeitabilidade do seu cabelo grisalho, morrendo no desastre e assim assumindo as responsabilidades dos erros da sua tripulação. Mas Vital Moreira parece continuar por aí impune, à solta, repetindo alguns dos chavões que parecem ter contribuído para a hecatombe da sua lista, como se, depois de já ter afundado o navio, ainda se divertisse agora a tirar uns fininhos aos icebergues…
* Trata-se do título de um poema do poeta norte-americano Walt Whitman (1819-1892).

2 comentários:

  1. Por outro lado, tendo prestado um péssimo serviço ao PS, talvez tenha prestado um bom serviço ao país.

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  2. Comungo do seu desejo, António Marques Pinto, que Vital Moreira venha a prestar um bom serviço ao país. Mas para chegar a esse resultado, permita-me recuperar uma história antiga, a da recepção que o czar Alexandre III fez a Stalin no outro mundo, quando este morreu.

    Alexandre estava interessadíssimo em saber novidades da sua Santa Rússia e não largou o recém-chegado georgiano: a Rússia ainda continuava a ser uma potência temida e respeitada no Mundo? Mais do que nunca, respondeu-lhe Stalin. E a polícia política continua eficaz? Está de uma sofisticação técnica que nem a iria reconhecer, foi a resposta. E o vodka, continua a ser destilado até aos 42º? Não, isso é que não, agora é todo normalizado a 40º. Aí, Alexandre parou, e perguntou a Stalin: Acha que por uma questão de 2º no vodka era mesmo preciso ter armado aquela confusão toda e fuzilado o meu filho?...

    Também aqui me ocorre a pergunta: se a ideia era só mandar para Bruxelas um eurodeputado potencialmente competente era mesmo necessário ter feito dele cabeça de lista e armado toda aquela confusão?...

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