Embora o seu autor seja indiscutivelmente Martin Niemöller (1892-1984), um pastor luterano alemão (acima), existem diversas versões do poema que o tornou universalmente famoso. Eis uma delas:
Na Alemanha, quando os nazis venceram os comunistas, fiquei em silêncio: eu não era comunista.
Depois eles levaram os sociais-democratas e eu continuei calado: eu não era social-democrata.
Quando eles assumiram o controlo dos sindicatos não protestei: eu não era sindicalista.
Quando eles vieram buscar os judeus mantive-me em silêncio: eu não era judeu.
E quando eles me escolheram a mim já não havia ninguém que pudesse denunciar a situação…
Mais do que os grupos – há quem refira que a menção aos judeus não aparece nas versões mais antigas… – o que impressiona neste poema é a determinação do ameaçante e a progressividade da ameaça. Foi por causa disso que me lembrei dele, noutro dia, a propósito de uma acção da Quercus contra a Barragem de Belver.
Na Alemanha, quando os nazis venceram os comunistas, fiquei em silêncio: eu não era comunista.
Depois eles levaram os sociais-democratas e eu continuei calado: eu não era social-democrata.
Quando eles assumiram o controlo dos sindicatos não protestei: eu não era sindicalista.
Quando eles vieram buscar os judeus mantive-me em silêncio: eu não era judeu.
E quando eles me escolheram a mim já não havia ninguém que pudesse denunciar a situação…
Mais do que os grupos – há quem refira que a menção aos judeus não aparece nas versões mais antigas… – o que impressiona neste poema é a determinação do ameaçante e a progressividade da ameaça. Foi por causa disso que me lembrei dele, noutro dia, a propósito de uma acção da Quercus contra a Barragem de Belver.
Há 30 anos, apareceram os ambientalistas a alertar-nos que a energia nuclear não era segura, para além de contaminar radioactivamente o ambiente. Nós acreditámos e os programas de construção de centrais nucleares foram abandonados...
Há 15 anos, os ambientalistas explicaram-nos como as centrais térmicas também eram inconvenientes, pois estavam a contribuir para o aquecimento da atmosfera terrestre e para a aceleração do efeito de estufa...
Pelos vistos e em função destas publicitadas acções recentes contra o Plano Nacional de Barragens, agora os ambientalistas também têm reservas quanto à construção de barragens e à energia hídrica, que eu supunha ser uma energia limpíssima…
A atender no precedente do poema de Niemöller, e se continuarmos a viver na ilusão que os ambientalistas são pessoas sempre bem intencionadas, eles ainda nos hão-de fazer viver a todos à luz de lamparinas, a solução que gasta menos energia e é mais amiga do ambiente. Lembremo-nos disso das próximas vezes que eles aparecerem a pregar na televisão...
Há 15 anos, os ambientalistas explicaram-nos como as centrais térmicas também eram inconvenientes, pois estavam a contribuir para o aquecimento da atmosfera terrestre e para a aceleração do efeito de estufa...
Pelos vistos e em função destas publicitadas acções recentes contra o Plano Nacional de Barragens, agora os ambientalistas também têm reservas quanto à construção de barragens e à energia hídrica, que eu supunha ser uma energia limpíssima…
A atender no precedente do poema de Niemöller, e se continuarmos a viver na ilusão que os ambientalistas são pessoas sempre bem intencionadas, eles ainda nos hão-de fazer viver a todos à luz de lamparinas, a solução que gasta menos energia e é mais amiga do ambiente. Lembremo-nos disso das próximas vezes que eles aparecerem a pregar na televisão...
Pois, o problema é quando caímos calmamente na cantiga de pessoas que já nem sei sequer, se bem intencionadas, fazem do fundamentalismo a sua bandeira...
ResponderEliminarE quando acordarmos!!!!
É mesmo isso. Fundamentalistas e inconsequentes.
ResponderEliminar:))
Não confundamos ingenuidade e naifeté com más intenções. Irrita-me tb esta visão de que o território e a natureza são uma espécie de museu, mas n sobreestimemos a força desses movimentos. A verdade é que o nuclear n foi pá frente em Portugal, tal deveu-se mais a problemas de viabilidade tecnico-financeira e n por pressão dos ambientalistas. Qt às barragens parece-me um bom investimento, mas se n forem pá frente tb n será pelos ecologistas, mas por falta de vontade política... No fundo eles são mais um bode expiatório q outra coisa. Pá e compará-los com os Nazis parece-me um "bocadinho" excessivo.
ResponderEliminarFundamentalistas e irresponsáveis.
ResponderEliminarAqui há anos(10,9,8,7)houve o auge
da BSE(vacas loucas).Nos matadouros
eram abatidos os animais suspeitos,
aos restantes(aptos para consumo)
eram retirados os orgãos que pode-
riam representar perigo:cabeça,
sangue,coluna vertebral,baço,timo,
etc.Estes orgãos mais os suspeitos,
eram carregados em camiões especiais e levados para uma UTS
(unidade transformadora de sub-
produtos)apta para MRE(material
risco específico)onde eram farinados e embalados em "big-bags"
O destino final era a queima.Fez-se
um ensaio de queima na cimenteira
de Alhandra...os ambientalistas
protestaram....o processo foi
parado.Chegou uma altura,havia
centenas de "big-bags"armazenados
pelo País,em paióis militares
desactivados e em armazens alugados
pela D.G.Veterinária.Um dia fui a
um desses armazens...um perfeito
caos...o produto farinado era
colocado nos "big-bag"ainda em
quente...originava o rebentamento
das embalagens...no armazem havia
milhares de ratos a alimentarem-se
daquela farinha com supostos"priões".
Conclusão:
os ambientalistas tinham receio
que um "prião"voasse da chaminé da
cimenteira
alimentaram,durante anos,milhares
de ratazanas com farinha contaminada.Parece,até hoje,não
ter daí advido perigo.Vamos ver
Hoje queimam-se de imediato esses
MRE...tanto tempo que se perdeu...
tanto dinheiro gasto em armazens.
Desculpar-me-á, Francisco, mas “no fundo” eles serão muito mais do que ingénuos e bodes expiatórios…
ResponderEliminarHá mais de três anos que, num dos postes deste blogue, escrevi isto a respeito do Greenpeace:
“Observe-se o Greenpeace, provavelmente a organização ecologista mundial mais conhecida em todo o mundo. Já teve inúmeras acções de destaque jornalístico: contra a caça à baleia, pelo Japão, a desflorestação da Amazónia, no Brasil, os ensaios nucleares, da França, o transporte de dejectos radioactivos, na Alemanha…
Curiosamente, não se regista nenhuma acção destacada nos ou contra interesses dos Estados Unidos – acidentalmente a ONU atribui-lhes a responsabilidade de 20 a 25% de toda a poluição produzida no Mundo. Coincidências…”
E como muito bem descreve o Paulo com (mais) um exemplo prático no comentário a seguir ao seu, percebe-se como a causa ecológica pode ser uma das maiores fraudes políticas da actualidade…
Finalmente, analogias são isso mesmo, analogias. Eu expliquei o que me parecia análogo. O resto, obviamente, não é.