Esta história passou-se há cerca de uns 20 anos e a personagem principal é o proprietário de uma residencial de uma pacata vila do Baixo Alentejo, conhecido pelas suas peculiaridades. Por ocasião de mais uma das presidências-abertas de Mário Soares, dessa vez dedicada ao Alentejo e sedeada em Beja, o batalhão de assessores, jornalistas e afins que se associa a essas coisas rapidamente rebentou com a capacidade hoteleira bejense e transbordou, tendo que se ir instalar nas redondezas, incluindo a residencial da pacata vila do nosso protagonista.
Mas a verdadeira história começa no dia do fim da presidência-aberta quando os assessores se preparavam para deixar a residencial, sem aparentemente pretenderem passar-lhe cavaco sobre o único assunto que preocupava o pouco impressionável alentejano: - Quem é que paga a conta? Bem os assessores lhe podiam explicar que não vinham preparados para isso, que a contra-proposta do dono da residencial era irrebatível: Que deixassem ali a bagagem e fossem à máquina Multibanco do centro da vila prepararem-se... De outro modo, não os deixava sair…
Acabou por ter de se chamar a GNR e quando o graduado do posto chamou o nosso herói de parte, fazendo-lhe notar o prestígio que lhe cabia por ter alojado naquela vila os assessores do próprio Presidente Mário Soares, o homem tornou-se pensativo e o impasse pareceu estar quase a desbloquear-se, quando a resposta surgiu, descoroçoante: - É pior! Como esta gente é assim tão importante, ainda me arrisco a nunca mais ver o meu rico dinheiro… Em suma, o problema só se resolveu porque a caixa do Posto Local da GNR adiantou o dinheiro para pagar a conta…
Passado mais de um ano, o nosso homem constatava, nada arrependido da sua conduta: - De todos os hotéis da região, até agora fui o único que recebi. Nem o posto da GNR foi reembolsado. Olhem se eu tenho ido na conversa deles… É fácil deduzir-se que episódios como estes devem contar-se por milhares, é matéria para que se publiquem várias notícias de jornal por dia. Que, de entre todos os calotes e caloteiros, seja precisamente o do jantar de despedida de Manuel Pinho a ser publicada dá que pensar, que eu, não o apreciando, também não acredito em coincidências…
Mas a verdadeira história começa no dia do fim da presidência-aberta quando os assessores se preparavam para deixar a residencial, sem aparentemente pretenderem passar-lhe cavaco sobre o único assunto que preocupava o pouco impressionável alentejano: - Quem é que paga a conta? Bem os assessores lhe podiam explicar que não vinham preparados para isso, que a contra-proposta do dono da residencial era irrebatível: Que deixassem ali a bagagem e fossem à máquina Multibanco do centro da vila prepararem-se... De outro modo, não os deixava sair…
Acabou por ter de se chamar a GNR e quando o graduado do posto chamou o nosso herói de parte, fazendo-lhe notar o prestígio que lhe cabia por ter alojado naquela vila os assessores do próprio Presidente Mário Soares, o homem tornou-se pensativo e o impasse pareceu estar quase a desbloquear-se, quando a resposta surgiu, descoroçoante: - É pior! Como esta gente é assim tão importante, ainda me arrisco a nunca mais ver o meu rico dinheiro… Em suma, o problema só se resolveu porque a caixa do Posto Local da GNR adiantou o dinheiro para pagar a conta…
Passado mais de um ano, o nosso homem constatava, nada arrependido da sua conduta: - De todos os hotéis da região, até agora fui o único que recebi. Nem o posto da GNR foi reembolsado. Olhem se eu tenho ido na conversa deles… É fácil deduzir-se que episódios como estes devem contar-se por milhares, é matéria para que se publiquem várias notícias de jornal por dia. Que, de entre todos os calotes e caloteiros, seja precisamente o do jantar de despedida de Manuel Pinho a ser publicada dá que pensar, que eu, não o apreciando, também não acredito em coincidências…
Mas afinal não tem os tais 90 dias para pagar?
ResponderEliminarVai ver que ele ainda tem "energia" suficiente e vai encontrar uma "alternativa" para pagar a factura.
ResponderEliminarEssas situações não são novas; o Imperador D. Pedro II do Brasil, em viagem por Portugal, também não queria pagar a conta do hotel em que ficara no Porto (creio que o Grande hotel, que ainda existe), tanto que acabou por ser um daqueles "Brasileiros" de torna-viagem enriquecidos a assumir as custas, por uma questão de honra.
ResponderEliminarJá agora, e para ajudar à colecção de gaffes geográficas de jornalistas, deixo-lhe esta pequena notícia, tirada do blogue Delito de Opinião: http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/735707.html
Incidências, portanto.
ResponderEliminar:))
Estou a ver que já entusiasmei o João Pedro para a angariação de sócios para o Clube (de Jornalistas) da Ignorância Crassa.
ResponderEliminarInfelizmente eu não tinha especificado, mas o Clube só aceita sócios a título individual e a notícia sobre a "ilha de Gibraltar" está assinada pela Lusa.
Não é coisa que se faça à "nossa" Pina Baush.
ResponderEliminarHá sempre uns comentadores (como o João Pedro) que redobram o gosto de passar pelo "herdeiro de aécio".