Há causas que, reconhecendo-lhe a nobreza, me levam a questionar se será por causa dessa nobreza que elas recebem a notoriedade informativa que lhes é dada. Um exemplo flagrante é o da denúncia dos abusos que, parece que desde sempre, tiveram lugar nos orfanatos irlandeses geridos pelo clero católico. Mas antes, permitam-me mencionar duas notícias de hoje, uma do jornal Público e outra do jornal i, ambas referentes a abusos e tentativas de abusos sexuais de menores…

De facto, numa sociedade sã as notícias sobre abusos sexuais ocorrem pontualmente e isso só não terá acontecido na Irlanda por causa da capacidade da igreja irlandesa em abafar os casos que iam surgindo mas, para além do clero, parece haver toda uma sociedade exposta à crítica de que não terá sido capaz de denunciar e levar a julgamento os casos quando denunciados. Como o foram os noticiados hoje nos dois diários portugueses. Em compensação, parece estar a assistir-se a um zelo noticioso tardio para contrastar com a negligência anterior da comunicação social.

Uma leitura apressada pode levar a induzir que há, pelo menos, 113.000irlandeses, que se estão nas tintas para os abusos sexuais a menores ou então que a ICAR tem uma grande influência na Irlanda.
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