Para além de outros também muito interessantes, um dos aspectos colaterais que a polémica à volta da escultura do checo David Cerny (veja-se o filme acima) ajudou a reavivar foi a das imagens estereotipadas que os países europeus têm uns dos outros. Como gosto de BD, fui recuperar uma cena de um velho álbum de Astérix chamado O Domínio dos Deuses, onde Goscinny e Uderzo puseram numa cena o representante dos escravos lusitanos a oferecer-se ao centurião, dada a falta de jeito para cantar (?), para lhes recitar qualquer coisinha…
Penso que a alusão/piada será ao facto de sermos um país de poetas… Enfim, como acontece com a escultura de Cerny, como piada, esta não se conta entre as mais conseguidas da obra do genial Goscinny… Mas o que me interessa agora especular, considerado o frenesim ridículo que agora acompanha a figura Cristiano Ronaldo, não é a maneira como nos vêem, mas a maneira como gostaríamos de ser vistos. Ou seja, adaptando a figura da cena acima, Uderzo rapar-nos-ia os bigodes e, em vez de recitar, oferecer-nos-íamos para dar uns toques de bola?...
Isto, para já não falar da inefável mamã do craque que foi distinguida por uma associação de empresárias madeirenses. Porquê? Boa pergunta.
ResponderEliminarPor resultados humanos- é a explicação.
Não me perguntem o que é isso de resultados humanos.
A mana Ronalda, por seu lado, é uma vedeta pop.
Será que os burros somos nós?
É preciso é ter fair play, ou será que o dito é mesmo uma treta?...
ResponderEliminarPenso que não seremos burros, mas havia um quadro do do programa do Jô Soares onde ele aparecia maquilhado de palhaço e, a certa altura, acabava por dizer:
ResponderEliminar- Eu tenho nariz de palhaço, chapéu de palhaço, boca de palhaço, mas não sou palhaço: ESTÃO-ME FAZENDO DE PALHAÇO...