Circula por aí uma mensagem com um truque de cartas, supostamente da autoria de David Copperfield em que ele adivinha a carta em que estamos a pensar, fazendo-a desaparecer. Na impossibilidade de aqui o colocar, também podem fazer o mesmo truque neste blogue (em inglês). Verão como o David Copperfield vai fazer desaparecer a carta em que estavam a pensar! E não vos vou estragar a surpresa de explicar-vos qual é o segredo.
Mas confesso-vos que é nestas ocasiões que sinto uma certa inveja pela forma límpida como se conseguem explicar os segredos que estão por detrás de um truque de cartas, mas é imensamente mais complicado explicar como se antecipam os truques de uma guerra de propaganda como a que se trava em Gaza e como é difícil alertar as pessoas como elas se tornam facilmente joguetes das habilidades de prestidigitação mediática…
Mas confesso-vos que é nestas ocasiões que sinto uma certa inveja pela forma límpida como se conseguem explicar os segredos que estão por detrás de um truque de cartas, mas é imensamente mais complicado explicar como se antecipam os truques de uma guerra de propaganda como a que se trava em Gaza e como é difícil alertar as pessoas como elas se tornam facilmente joguetes das habilidades de prestidigitação mediática…
Os truques são iguais: tão evidente um como o outro!
ResponderEliminarBasta observar...
Também já me estava a parecer muita fartura.
ResponderEliminarVires para aqui falar de truques de cartas que até sabes explicar (o que me deixa irritada) sem ser com um propósito maior...
Estava mesmo admirada. Agora deixaste-me mais angustiada. Pois embora a previsibilidade dos truques possa ser a mesma os resultados são dramaticamente diferentes.
Pois, Donagata, mas também é muito raro que alguém assista a um truque do David Copperfield com ideias pré-concebidas como ele é mesmo mágico, e até nos consegue ler a mente...
ResponderEliminarPor algumas leituras, ali em Gaza, parece que há gajos bons e gajos maus: os gajos bons só fazem coisas boas; os gajos maus só fazem coisas más.
Segundo li na altura, Arafat deixou à chorosa viúva 900 milhões de dólares para os alfinetes da velhice.
ResponderEliminarImagina-se que não seria o bom Yasser o único a juntar uns patacos.
O pacato povo palestiniano nunca deve ter percebido a lógica da guerra das pedras que convém (a alguns) estender até à eternidade.
E a generosa União Europeia continuará a despejar milhões para os coitadinhos...
Os 900 milhões são consequência de uma prática comum na região de não separar o dinheiro do dirigente político do do Estado que dirige; no caso as contas de Yasser Arafat das da Al-Fatah. No Koweit, por exemplo, foi preciso esperar por 1961 (e pelos milhões do petróleo), para que se fizesse essa distinção entre os fundos do Emirato e os do Emir.
ResponderEliminarCuriosamente, a denúncia pública dessa situação da completa mistura entre os bens públicos e privados nem parece ter partido de uma campanha israelita para desacreditar a Al-Fatah, mas sim da disputa interna entre os sucessores políticos e a herdeira pessoal (a viúva) depois da morte de Arafat.
Vale a pena recordar que, nesse campo da má utilização de dinheiro, as coisas não se passam muito melhor em Israel e que, antes de cair em coma, Ariel Sharon estava a ser investigado por uma história sórdida de corrupção de onde tinha muito poucas hipóteses de se safar incólume...
Já agora, vale a pena deixar aqui o "segredo" que permite ao David Copperfield fazer desaparecer a carta em que estávamos a pensar: é que o segundo grupo das 5 cartas (as 6 menos a que desapareceu) é composto por cartas totalmente diferentes das 6 que compunham o grupo original...
ResponderEliminarAssim, qualquer carta que se escolha "desaparece" certamente. Aquela fase intermédia com aquela conversa da treta destina-se a "dissipar" a nossa memória visual imediata que ainda poderia fazer-nos desconfiar se o Rei de Copas não se transformara no de Ouros, etc.