16 novembro 2008

DO PAQUISTÃO, À CIMEIRA DOS G20 E A TUTANKAMON

Afinal, a ameaça que pairava no ar que o Paquistão pudesse contornar o tradicional circuito financeiro internacional para resolver os seus problemas de tesouraria acabou por não se concretizar. Entre outras iniciativas, os paquistaneses tentaram sensibilizar os sauditas para que estes lhes concedessem prazos mais alargados para o pagamento das importações de petróleo, mas essa seria apenas uma solução parcial para os complexos problemas económicos e financeiros com que o Paquistão tem de se defrontar.
No meio de todo o dinamismo, o FMI limitou-se a deixar estar no seu canto, à espera que o tempo passasse, até que o relógio, implacável, forçasse as autoridades paquistanesas, sob pena de se tornarem num estado pária das finanças internacionais, a assinar e aceitar as condições que lhes eram propostas pela instituição: para já, a medida mais importante é o compromisso governamental para reduzir o seu deficit no próximo ano fiscal 2008/2009 para 4,3% do PIB, depois dos 7,4% verificados no ano transacto. Para azar do Paquistão, que sonhava com imaginativos sistemas de financiamento da sua divida externa, como parece ser indicação da ausência de resultados da recente Cimeira G20, os tempos mostram-se propícios a muitas cautelas, declarações de princípio e a abordagens reformistas. Como dizem os analistas: o melhor da Cimeira foi ter-se realizado... Quase o mesmo dizia o arqueólogo Howard Carter a respeito dos eventos do reinado de Tutankamon, cuja descoberta do tumulo o celebrizou: morreu e foi sepultado.

1 comentário:

  1. "Tutankamon não tinha apetite".
    (-foi só um expediente para marcar presença;)-)

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