13 novembro 2008

RESPONSABILIDADES…

Estas fotografias de Carlos Borrego (1993), Murteira Nabo (1999) e Pedro Lynce (2003) servem para nos recordar que, conquanto seja raro, ainda houve em Portugal quem, estando a ocupar lugares de grande responsabilidade, assumisse (ou se visse forçado a assumir) em pleno essas responsabilidades quando em situações embaraçosas.
Em condições normais, a conduta de qualquer dos três não mereceria ser assim tão realçada, visto que se comportaram como deles seria de esperar perante as circunstâncias que conduziram à sua demissão. Contudo, a verdade é que a realidade se impõe e que, mais uma vez, se constata como em terra de cegos quem tem olho é rei: eles merecem plenamente o destaque.

6 comentários:

  1. Cadê os outros, ontem, hoje e, porque não, amanhã?!...

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  2. Poizé! Os tempos não estão de feição para a vergonha na cara. Agora assume-se muito...
    :))

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  3. Recebido por E-mail:

    Estimado Historiador,

    Acho que foi uma injustiça não ter incluído o Jorge Coelho.

    Abraço, e bom fim de semana.

    Mesquita Alves

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  4. Respondido por E-mail:

    Estimado Leitor-que-me-promoveu-indevidamente-ao-estatuto-de-historiador

    Na perspectiva em que suponho me escreva, então não cometi apenas a injustiça de não incluir Jorge Coelho; cometi várias, todos os ministros que se demitiram por razões directamente relacionadas com a sua pasta governativa, o último dos quais parece ter sido Correia de Campos, antes dele tinha sido Henrique Chaves, etc.

    Mas, por um lado, nem a lista pretende ser exaustiva, nem sobretudo, embora não o tenha explicado, o critério foi esse. Os embaraços que estiveram na base da apresentação dos pedidos de demissão dos três ministros mencionados nada tinham a ver com a sua própria acção governativa: Carlos Borrego por ter contado uma anedota, Murteira Nabo, por causa da evasão ao pagamento da sisa de uma casa que tinha comprado e Pedro Lynce por causa do expediente usado pela filha de Martins da Cruz para se inscrever no ensino superior.

    Note-se que aqui fiz uma deliberada diferença de tratamento para Martins da Cruz, o pai da filha, que se demitiu uma ou duas semanas depois, com todo o aspecto de já ter "o traseiro das calças marcado com uma bota"...

    Mas já agora, para enquadrar a demissão de Jorge Coelho, note-se a discrição com que, na minha opinião, essas demissões devem ter lugar, e o contraste com a exuberância mediática que aquela assumiu para que quase todos nos lembremos dela... Por curiosidade, visto que se lembra da de Jorge Coelho (2001), será que também se lembra das circunstâncias da demissão de António Vitorino (1997)?

    É que publicitar a modéstia é, em si, um gesto muito imodesto...

    Retribuindo-lhe o abraço e os votos de bom fim-de-semana

    A.Teixeira

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  5. E num local muito longinquo, algures em África, u coisa parecida, finalmente houve alguém que teve um pingo de vergonha e se demitiu (ou terá sido convidado a demitir-se, que o botas não brinca em serviço)...

    Abraço

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  6. João, pelo que tenho lido nos teus blogues, continuas a ser, como outrora, daqueles que no jornalismo daquela época eram considerados como “fontes não controladas, mas geralmente MUITO BEM informadas”.

    Tanto continuas assim, que nestes casos, em que fazes alusão a um episódio africano, me deixas na dúvida: estás a referir-te à Madeira, trata-se de uma brincadeira, ou é algo referente a alguma notícia que AINDA não conheço?

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