«Com a assistência de cerca de mil pessoas, realizou-se (...) o comício operário comemorativo do 1º de Maio.» Estas visitas ao passado daquilo que nos é sugerido que teria sido uma grande celebração, muito participada, da classe operária estão-se a tornar, repetidamente, um desapontamento. Os relatos dos contemporâneos de há cem anos contam-nos histórias muito diferentes da propaganda a que assistimos nos últimos quarenta. Em que a própria propaganda de então não encaixa com a propaganda proletária posterior: (o proletariado português) «afirma a sua repulsa pelos crimes da burguesia internacional e nomeadamente da reacção espanhola, do banditismo do fascismo italiano, do despotismo da América da falsa liberdade. Do mesmo modo, o proletariado português protesta veementemente contra as perseguições e encarceramentos que o governo russo vem exercendo contra aqueles que pretendem imprimir à revolução um carácter progressivo e libertário». Pois bem, ponham lá a Isabel Camarinha da CGTP a repetir a passagem acima destacada, a ver se ela não se engasga antes de chegar ao fim...
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