21 de Maio de 2003. O juiz Rui Teixeira apresenta-se na Assembleia da República para proceder à detenção do deputado socialista Paulo Pedroso. A iniciativa é ousada - uma confrontação directa entre poder judicial e poder legislativo - mas é sobretudo mediatizada porque, como se vê acima, a acção do juiz, supostamente discreta, foi conhecida em antecipação pela SIC. O episódio vai tornar-se literal e metaforicamente num filme. Um triste filme. Onde, à força de se agredirem reciprocamente através de notícias plantadas na comunicação social, as duas classes vão-se expor ao ridículo. Cortesia dos juízes, ficámos a saber pelas escutas disponibilizadas para a comunicação social todas as manobras que os amigos políticos de Paulo Pedroso desenvolveram para evitar o desfecho (abaixo), nomeadamente o famoso desabafo - ao telemóvel - de Eduardo Ferro Rodrigues de que «se estava a cagar para o segredo de justiça!...»
Num registo ainda de expletivos (agora meu) e como retaliação, por cortesia dos políticos (do PS), estes últimos foderam como puderam a carreira de Rui Teixeira (abaixo).
Quinze anos depois, tudo terá acabado de uma forma satisfatória para os dois lados: Paulo Pedroso lá recebeu uma indemnização; Rui Teixeira lá foi promovido. Mas o assunto conferiu muito má reputação a qualquer dos intervenientes.
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