18 maio 2023

O «CHARME» RUSSO E A ESTÉTICA GERMÂNICA

18 de Maio de 1973. Leonidas Brejnev chega a Bona, a então capital da Alemanha Federal. É a primeira vez que o mais alto dirigente soviético visita o país e «apenas a segunda» vez que aquele dirigente faz uma visita a países ocidentais. Tem tudo para que a visita seja qualificada - como seria de esperar... - de «histórica». Cinquenta anos passados ninguém se lembra da «histórica» visita, a não ser aqui o Herdeiro de Aécio que, aqui há uns anos, recuperou uma das fotografias da ocasião para a comentar (abaixo), e que agora aproveito para republicar em jeito de efeméride.
Percebe-se com o distanciamento temporal que um dos elementos que terá contribuído para amenizar a frieza da Guerra Fria terá sido a condescendência como a Ocidente eram encaradas as pretensões charmosas junto do belo sexo de Leonid Brejnev. Já aqui me referi à sua famosa fotografia de Junho de 1973 a apreciar Jill St. John, a namorada do momento de Henry Kissinger. Há cinquenta anos, Brejnev fizera uma visita oficial à República Federal da Alemanha, quando se encontrou em Bona, com Willy Brandt e nesta outra fotografia apanhamo-lo por sua vez num caprichado beija-mão a Rut Brandt perante o olhar divertido do marido. Pena que a estética da foto seja afectada pelo padrão e formato agressivo da saia da primeira dama que, mais do que pela exuberância que era tão característica daqueles anos 70, choca por nos fazer lembrar uma das guaritas das sentinelas da Wehrmacht da Segunda Guerra Mundial... A fotografia é de Thomas Hoepker.

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