12 maio 2023

O MURAL DE DIEGO RIVERA

12 de Maio de 1933. De Nova Iorque chegava uma notícia sobre as notícias que a pintura de um mural do pintor Diego Rivera havia desencadeado. O mural denominava-se Homem na Encruzilhada e fora concebido para fazer parte do enorme lóbi de um arranha-céus nova-iorquino de 259 metros acabado de construir. Tratava-se de um mural composto por três painéis: o homem na encruzilhada confrontava-se de um lado com a fronteira da evolução ética e do outro com a fronteira do desenvolvimento material. O autor, o mexicano Diego Rivera, já era então (aos 46 anos) um artista consagrado, embora também fossem sobejamente conhecidas as suas simpatias políticas comunistas. Mas, por um outro lado, ainda mais irónico, quem encomendara o mural fora o multimilionário John D. Rockfeller Jr. A controvérsia que atravessava então a imprensa nova-iorquina assentava não só no carácter propagandistico da obra, mas sobretudo no conteúdo da propaganda. O mural acabou por ser apagado, mas o pintor acabou por o repintar numa escala menor no Palácio das Belas Artes na cidade do México. Por causa da controvérsia, é hoje uma das obras mais conhecidas do pintor Diego Rivera.

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