20 de Novembro de 1962. Prosseguia a Guerra Sino-Indiana e os indianos estavam nitidamente a perdê-la. Em Portugal, a Índia fora erigida em inimigo principal depois da invasão de Goa, Damão e Diu em Dezembro de 1961. E as considerações sobre política internacional que se fizessem subordinavam-se a esse princípio. É isso pode explicar esta espécie de regozijo como é noticiado que o general Choudhery (que fora um dos comandantes que se destacara na invasão da Índia portuguesa) fora promovido para o comando do exército indiano. Ao jeito - mais subentendido do que explícito - de se tratar duma espécie de desforra. Mesmo que os promotores dessa desforra fossem os comunistas chineses, que também não eram particularmente bem quistos pelo Estado Novo, mas que, ao menos, não invadiam Macau... Vale a pena ainda acrescentar que, contrariamente aos vaticínios sugeridos pela notícia supra, a carreira do general Chaudhuri (e não Choudhery...) vai beneficiar daquela dose de sorte de que todos os generais precisam: neste mesmo dia em que ele tomou posse, a China anunciou um cessar fogo unilateral, a entrar em vigor à meia noite.
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