13 novembro 2022

A SAGA DESPRESTIGIANTE DO AFUNDAMENTO DO PETROLEIRO «PRESTIGE»

13 de Novembro de 2002. Com a eclosão de uma tempestade que o danifica muito seriamente, começa a saga do afundamento de um petroleiro veterano de 26 anos com o nome de «Prestige», um nome muito pouco adequado aos acontecimentos que o irão notabilizar. Trata-se de um navio grande, com 243 metros de comprimento e uma capacidade de carga de 81.600 toneladas, que nesta viagem fatídica está ocupada a 94%. Essa a realidade física mas a questão da sua identificação é todo um programa: o navio está registado e é operado por gregos, mas a sua bandeira é a das Bahamas, a companhia proprietária do navio é liberiana e o cliente, proprietário do combustível que transporta (fuel), é uma petrolífera russa. A tripulação é composta por 27 pessoas. E há precisamente 20 anos, quando navegava ao largo da Galiza, o casco começa a rachar-se e o combustível a sair, causando uma mancha de poluição que o acompanha. E o que se seguirá é uma disputa mais directa entre Espanha e Portugal, mas também outros países opcionais, como a França e o Reino Unido, para bloquearem a aproximação do navio poluidor às suas costas com a consequente maré negra. O «Prestige» acabou por afundar a 19 de Novembro, depois de seis dias de indecisões sobre o que fazer com um petroleiro poluidor que ninguém quer por perto. A fava acabou por sair a Espanha, mais precisamente à Galiza, onde o efeito do derrame e da consequente maré negra foi devastador.

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