15 de Novembro de 1922. Estas juntas militares, também conhecidas por juntas de defesa, que há cem anos eram dissolvidas pelas Cortes espanholas «no meio de grandes aclamações» eram uns sindicatos de carácter pretoriano formados pelos oficiais espanhóis, que, para além da actividade sindical em prol dos seus direitos, também intervinham no campo político sob o patrocínio do rei Afonso XIII. A «catastrófica derrota militar» que o exército espanhol sofrera 16 meses antes em Marrocos (22 de Julho de 1921), contribuíra muito para o desprestígio da instituição militar em Espanha. Este era o momento da desforra dos poderes políticos tradicionais. Hoje sabemos que os militares não se iriam deixar ficar: dali por dez meses, a 13 de Setembro de 1923 e ainda com o apoio de Afonso XIII, Miguel Primo de Rivera iria desencadear um golpe de Estado que o tornaria ditador do país.
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