11 de Novembro de 1982. Pessoalmente e quando morreu, Leonid Brejnev representava a única União Soviética que eu conhecera. Embora a questão da estrutura peculiar do poder dos países comunistas - era o líder do partido comunista que dirigia o país, não o presidente, não o chefe de governo - colocasse aos jornalistas o desafio de descrever aquilo que Brejnev (neste caso) fizera: ficámo-nos pelo «dirigiu os destinos da URSS durante 18 anos». Torna-se engraçado como tenho Brejnev como pessoalmente simpático, de uma candura rústica, algo caricata, se nos esquecermos daquilo que ele representava: uma espécie de almirante Américo Tomás dos comunistas russos. Hoje sabe-se que Brejnev morreu na noite de 9 para 10 de Novembro, mas que a sua morte só foi anunciada ao fim da manhã de dia 11. Para um regime opaco como era o soviético, a revelação da notícia foi de uma celeridade extrema.
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