01 fevereiro 2022

VIDKUN QUISLING ASSUME O TÍTULO DE MINISTRO PRESIDENTE DO GOVERNO COLABORACIONISTA NORUEGUÊS

1 de Fevereiro de 1942. Se bem que estas quatro notícias do Diário de Lisboa aparecessem emanadas de Estocolmo, capital da Suécia (neutral), elas referiam-se todas a uma «transformação importante da política interna» da vizinha Noruega, ocupada quase há dois anos pela Alemanha. O III Reich havia permitido aquilo que era apresentado pelos despachos suecos como um vislumbre de autonomia, em que um governo nacional, de composição segura, encabeçado pelo «major Quisling», ostentando o título sonoro de ministro presidente, se tornaria a partir de então responsável pela condução dos assuntos domésticos da Noruega. Parecia significativo... mas não era. Não apenas Quisling esteve sempre sob a tutela de um Reichkomissar alemão, como a sua subserviência para com os ocupantes veio a ocasionar que o seu nome viesse a ser usado depreciativamente em inglês e nas línguas nórdicas como sinónimo de autoridade colaboracionista naqueles anos imediatos à Segunda Guerra Mundial. Era uma expressão - quisling - que, embora não tivesse a ressonância merecida na língua portuguesa - me ocorria repetidamente enquanto observava o comportamento subserviente de Pedro Passos Coelho diante da Comissão Europeia, nomeadamente durante os anos críticos de 2012 e 2013. )Quase dez anos depois e sempre que se levanta este último tópico, ouvem-se respostas enviesadas, remetendo para a fragilidade da posição portuguesa, quando não é essa à questão: foi mesmo necessário andar a lamber as botas?... E se sim, porque é que os outros países não as lamberam?

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