Ele há títulos de primeira página de certas edições de jornal que se tornam automaticamente portentosos - no disparate - para quem conheça história e o desfecho dos acontecimentos. É o caso exemplar desta edição de 2 de Fevereiro de 1952, há precisamente 70 anos, anunciando (ou melhor, semeando as maiores dúvidas que lhes fossem possíveis a respeito d)a potencial candidatura de Dwight Eisenhower à presidência dos Estados Unidos. Eisenhower exercia então o cargo de Supremo Comandante Aliado da NATO na Europa e, para quem estava por detrás da notícia, tudo pareciam ser problemas, desde a sua substituição nesse cargo, até ao acolhimento do potencial candidato por parte dos dois grandes partidos americanos: «Os democráticos consideram Ike muito reaccionário e os republicanos consideram-no muito internacionalista». Quanto à eleição, essa afigurava-se «duvidosa». Tretas! Em Novembro desse mesmo ano, Eisenhower, concorrendo pelos republicanos, irá ser eleito com uma maioria ampla, vencendo as eleições em 39 dos 48 estados que então compunham os Estados Unidos.
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