Ainda há menos de um mês fui recuperar este sucesso mundial de origem alemã - 13 milhões de cópias vendidas em todo o Mundo! - para sintetizar, num formato musical (algo desdenhoso, admito), a relação distanciada que eu mantivera com os debates televisivos pré eleitorais, apesar do intenso furor mediático que os acompanhara. Hoje, o meu desdém pela maior parte dos protagonistas do circo político-mediático mantém-se (tanto mais que agora quase todos reclamam ter antecipado o que viria a acontecer*), e trata-se precisamente da mesma música, mas a ocasião é de efeméride: a música com o comprido - mas não complicado - título que encabeça este poste foi lançada há precisamente 40 anos - 9 de Fevereiro de 1982. Os expletivos da letra são a força da canção - até ultrapassam a barreira do idioma.
* Sobre esse aspecto e, para aqueles que não tenham ido ver o link para apreciar a idiotia de há um mês, vale a pena referir que, entre as imagens que escolhi para compor um mosaico naquele poste, há uma que destaca quatro opiniões sobre o desfecho do debate entre Catarina Martins e João Cotrim de Figueiredo onde três deles (Daniel Oliveira, João Silvestre e David Dinis) acharam que a líder do Bloco o ganhara... Como se veio a descobrir, os eleitores tinham uma opinião diferente: os liberais superaram os bloquistas (5,0% vs. 4,5%, 8 vs. 5 deputados). Noutro quadro era o opinador Sebastião Bugalho que afirmava, assertivo: «Rui Tavares ainda não perdeu um debate»... Considerando que o Livre veio a alcançar 1,3% e 1 deputado eleito, força é reconhecer que, ou o Bugalho estava enganado, ou ganhar debates não tem assim grande importância para o desfecho eleitoral (como, de resto, eu sugeria).
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