Há precisamente cem anos e depois de um
bombardeamento prévio que durara 3 dias, feito por 2.500 peças de artilharia,
desencadeava-se o ataque francês às posições entrincheiradas alemãs na
Champanhe. O assalto começou às 9H15, numa frente de 25 quilómetros,
mobilizando vinte divisões pertencentes a dois exércitos. O espírito era
elevado: estreavam-se então em combate os novos capacetes M15 Adrian, que viriam
a tornar-se depois uma das imagens de marca do exército francês. Eram raros, estavam
guardados para os atacantes, as tropas encarregues de conduzir os prisioneiros
para a retaguarda ainda não tinham direito a usá-los. Diante dos assaltantes
estavam apenas seis divisões alemãs, numa desproporção de efectivos e poder de
fogo que explicará os ganhos franceses realizados neste primeiro dia: no centro
da ofensiva, o avanço francês chegou quase aos 3 quilómetros de profundidade;
fizeram-se 14.000 prisioneiros.
Mas não conseguiram ultrapassar as linhas de
trincheira de reserva, cavadas deliberadamente nas encostas viradas a norte
para ficarem escondidas da observação directa da artilharia francesa. Dois a
três dias depois, com a chegada dos reforços alemães e a transferência dos
franceses para posições que já não estavam preparadas, o avanço perdera o momento e a situação voltara ao mesmo impasse táctico. Os franceses haviam
sofrido 144.000 baixas pela reconquista de cerca de 45 Km² do seu país; os
alemães 81.000 para o defenderem. A acção recebeu o nome de Segunda Batalha da Champanhe. Com estas contingências tácticas a localização das batalhas da Primeira
Guerra Mundial não mudava substancialmente e recorria-se aos ordinais para as
distinguir. Conhecidas por Batalhas da Champanhe baptizaram-se quatro, a última também conhecida por segunda Batalha do Marne. Travavam-se batalhas mas elas deixavam de ser
decisivas.
retaguarda? se o carmo te apanha...
ResponderEliminarOh Rui (...se não estiver enganado quanto à identidade do RJRB), olha que não, olha que não. Retaguarda tem a ver com retro e não com recto e portanto não tem, nunca teve, qualquer consoante muda (confirmar aqui). Mas não te vou denunciar ao Nasca...
ResponderEliminarRui é outro!! E tens razão.. pode ser que te dê uma ginja!
ResponderEliminarPois tu mereces um flatete por estares a rectificares publicamente outros sobre aquilo que não sabes.
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