A notícia começou originária da Lusa e logo com um erro grosseiro propagado por todos os órgãos de informação (respeitáveis ou não) que a copiaram sem revisão: a tradução da expressão francesa original grande armée fora feita às três pancadas e o que era o grande exército tornara-se numa grande armada, tanto mais ridícula quando o episódio narrado se passa numa cidade bem no interior da Alemanha. Mas o ridículo não acaba aí. Quando as caixas de comentários de alguns dos órgãos de informação respeitáveis se começaram a encher de observações ao erro, houve quem não ligasse, e houve quem o fizesse, mas com tanta falta de zelo que nem se preocuparam uma e outra vez com a concordância da frase - o exército continua tão feminino como o era a armada...
Este é o género de negligência que antigamente estávamos habituados a encontrar naquelas profissões de colarinho azul, o estucador madraço da construção civil a que se mandava encher o buraco na parede e que o fazia mal e porcamente deixando lá uma depressão perceptível a metros de distância. Como agora só existem trabalhos de colarinho branco, vemos reaparecer a mesma cultura mas instalada na nobre profissão de jornalista. Ou então, já não tão nobre...
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