
Porque assinalei previamente como a propagação da revolta no mundo árabe
a parecia evitar, é importante assinalar
a chegada das contestações populares àquele país. E destacar três aspectos importantes. Em primeiro lugar, há o facto das manifestações iniciais terem tido lugar, não na capital,
Trípoli, mas em
Bengasi, que é a segunda maior cidade líbia e a mais importante da
Cirenaica (veja-se o mapa acima). A contestação ao regime parece ter assumido também um cariz regional - o que normalmente as enfraquece. Em segundo lugar, constata-se que o regime de Gaddafi parece ter tido tempo de montar
um plano de reacção a estas contingências, atirando para a rua os seus manifestantes e bloqueando as notícias contrárias recorrendo ao monopólio informativo de que dispõe localmente. Em terceiro e último lugar, adicione-se (abaixo) um gráfico – embora esteja um pouco desactualizado (2006) - com os principais clientes do petróleo líbio, para antecipar qual o comportamento de alguns países –
incluindo o nosso – em relação aos acontecimentos...

Agora quanto às hipóteses que o desfecho destas contestações sejam idênticas às tunisinas e às egípcias, tenho imensas dúvidas...
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