10 fevereiro 2011

O JUIZ

Afirmar que a emissão do Cartão do Cidadão foi trabalhada mediaticamente como um activo político pelos governos socialistas de José Sócrates é um truísmo. E afirmar que um fiasco associado ao mau funcionamento desse mesmo cartão, como aconteceu nas eleições presidenciais passadas, é para ser considerado um passivo político dessa mesma equipa governamental é um outro truísmo, consequência lógica do anterior.
Nesse momento, viu-se Rui Pereira, Ministro da Administração Interna, numa manobra descarada de ganhar tempo, pontapeando a bola para a frente durante duas semanas com um Relatório da Universidade do Minho, que desconfio destinado a tornar-se célebre...
Agora que o Relatório apareceu, o mesmo Rui Pereira procura sair casualmente da arena dos condenados, fazendo-se passar por um juiz magnânimo que aceita demissões mas até recusa outras!... É um insulto à inteligência alheia. Rui Pereira é um dos réus políticos responsável por um caso que é muito mais político do que técnico. Pela fisionomia, não me parece que o senhor que aparece a segurar o cartão na fotografia mais acima seja o Director-Geral da Administração Interna...

2 comentários:

  1. Não esquecendo o mais de meio-milhão de eleitores fantasmas que deviam ter sido retirados antes da eleição...

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  2. Considero essa uma "pesada herança" já recebida por Rui Pereira dos seus antecessores.

    Para quem se tenha esquecido, um longínquo antecessor de Rui Pereira na pasta, anunciou pomposamente em 1998 que os cadernos eleitorais haviam sido "limpos" de eleitores fantasmas e que o problema fora definitivamente solucionado.

    O Ministro chamava-se Jorge Coelho, que não é meu amigo, mas a quem aproveito - como ele fazia na Quadratura do Cìrculo - para mandar daqui uma grande saudação...

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