07 fevereiro 2011

HELIGUERRA

Aparecidos durante a década de 1950, mas ainda de uma forma incipiente, o emprego militar dos helicópteros só se veio a popularizar na década seguinte. Utilizado com muita parcimónia durante a Guerra da Coreia ou durante a da Argélia, a multiplicação dos seus números fê-los tornarem-se parte integrante da paisagem militar durante a Guerra do Vietname ou em qualquer das três que Portugal travou simultaneamente em África.
Revelando-se de uma enorme vantagem na velocidade com que podia deslocar tropas quando comparada com a tradicional movimentação por terra, no ar o helicóptero sofria (e continua a sofrer…) das desvantagens de ser um meio de combate comparativamente lento, com uma fraca autonomia e uma capacidade de transporte bastante limitada. É uma arma a empregar apenas quando se possui a supremacia aérea incontestada…
Daí a necessidade dos grandes números. As fotografias com helicópteros portugueses e norte-americanos aqui exibidas não nos devem iludir quanto à diferença dos meios à disposição de uns e outros: os portugueses dispuseram de um total de 100 helicópteros para os seus três Teatros de Operações (Angola 45 – Guiné 18 – Moçambique 36); os norte-americanos chegaram a contar com cerca de 7.500 no auge do seu envolvimento no Vietname¹.
¹ Em 1968 e 1969 os Estados Unidos chegaram perder (em combate e acidente) cerca de 1.000 helicópteros por ano (!), de um total de 12.000 helicópteros colocados ao serviço e 4.869 helicópteros perdidos durante a sua intervenção na Guerra (1962-1973).

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.