O autor Chris Wayan procurou responder à pergunta supra, desenhando a superfície do planeta Terra se os contornos dos continentes reflectissem a subida do nível das águas do mar até ao degelo total causado pelo efeito de estufa, que será o equivalente aos cerca de 110 metros de água que os especialistas estimam hoje estar aprisionados nos gelos das calotes polares.
Assim, a parcela do planeta que não está coberta pelas águas diminuiu para ¼ do total. Mesmo assim, são 120 milhões de km² de terras emersas, menos 30 milhões do que na actualidade. Mas a grande incógnita será o regime climático vigente, pois ele é que será decisivo para definir quais serão as áreas temperadas e mais férteis do planeta: a Sibéria é uma hipótese séria…
… e outras hipóteses serão o Alaska e o Norte do Canadá. A Groenlândia conseguirá justificar finalmente o nome de baptismo, enquanto a Europa, agora um verdadeiro continente separado da Ásia, se verá transformada numa espécie de vasto arquipélago onde, entre muitas outras ilhas, finalmente fará sentido a designação da Jangada de Pedra de José Saramago.
Assim, a parcela do planeta que não está coberta pelas águas diminuiu para ¼ do total. Mesmo assim, são 120 milhões de km² de terras emersas, menos 30 milhões do que na actualidade. Mas a grande incógnita será o regime climático vigente, pois ele é que será decisivo para definir quais serão as áreas temperadas e mais férteis do planeta: a Sibéria é uma hipótese séria…
… e outras hipóteses serão o Alaska e o Norte do Canadá. A Groenlândia conseguirá justificar finalmente o nome de baptismo, enquanto a Europa, agora um verdadeiro continente separado da Ásia, se verá transformada numa espécie de vasto arquipélago onde, entre muitas outras ilhas, finalmente fará sentido a designação da Jangada de Pedra de José Saramago.
Além de uma África que será de todos os continentes o menos alterado em relação à sua configuração actual, no outro Hemisfério, além de uma América do Sul e de uma Austrália que nos aparecem deformadas por enormes mares interiores onde antigamente havia grandes rios, aparece um novo continente habitável, a Antárctida.
Veja-se aqui outros mapas dessa hipotética Terra.
Muito interessante. Deu para apreender e dá para comentar
ResponderEliminarSe eu ainda por cá andar, nem sequer me resta a minha segunda cidade, já que da primeira só ficará o forte de Monsanto, logo por azar.
Quanto à 'futura' Sibéria, apesar da minha costela verde (Bolas! salvo seja...), mesmo assim transformada, não me seduz.
O mapa é omisso no que diz respeito à Madeira. Será que o palácio da Vigia se safa? Uma hipótese. a considerar.
Boa semana
Trata-se de alterações climáticas JRD, a um ritmo que, mesmo naqueles cenários mais alarmistas, suponho que durará pelo menos um milénio. Não precisa de se preocupar com a morada de Alberto João Jardim...
ResponderEliminarOlhe, por outro lado, quanto à preservação da múmia de Lenine é que já não lhe asseguro nada...
Olá a todos neste dia da nossa gloriosa restauração,
ResponderEliminarCom esta mapa posso concluir (de invejar o Louçã) que o nosso sistema nada fará para parar o degelo, isto porque a Suíça que alberga as contas financeiras por números e não por nomes fica incólume (?...) à invasão dos mares.
Quanto à Madeira, eles têm lá um pico que chega a mais de 2.000 metros.
Fico sem saber é como é que vão ficar os restaurantes e hotéis em cima das nossas falésias.
Vou trocar o meu carro por um barco... mais lá para o Verão.
ResponderEliminarEspero que os meus amigos tenham cais à porta!
Pelo sim, pelo não, já carreguei o meu congelador. Não é a arca de Noé mas pode ser a arca do António, nu' é?
ResponderEliminarEu não queria contrariar o António Teixeira mas dizem as bruxas que existe uma tendência para o "arrefecimento" do Sol, o que resultaria no arrefecimento da Terra e conservação do gêlo. A não ser que o Sol e a Terra não se entendam quanto ao calendário e já não se vá a tempo - isso as bruxas não me disseram.
Fiquei sem perceber se estava a falar a sério ou figurado, António Marques Pinto, e, neste último caso, a que se estaria a referir.
ResponderEliminarO meu propósito com este poste era o de apresentar, da forma mais sóbria e objectiva que me fosse possível, quais serão as consequências do degelo total dos polos, cenário que é comumnemente apresentado como uma catástrofe a evitar a todo o custo.
"Bancos, docas, prisões, arsenais, monumentos,/Tudo rebentará em cacos pelo ar!.../E ao soturno fragor dos teus finais lamentos/Responderão - ladrando! as cóleras dos ventos!/Responderão - cuspindo! os vagalhões do mar!"
ResponderEliminarEm Fevereiro de 1890, Guerra Junqueiro previa este final "feliz" para a Inglaterra...
Olhando para o mapa, já não sei!
O que eu tentei foi seguir o tom irónico dos outros comentários e até dos seus, e aproveitar para colocar a questão da perda de energia do Sol que julgo estar prevista não sei para quantos milhares de anos-luz.
ResponderEliminarComo isto só deverá afectar os planetas muito depois de todos os degêlos, também esta minha observação acaba por ser irónica - ou pretendia ser.
Creio que foi o caracter informativo, não opinativo, do seu artigo que nos levou a comentar um tanto "ao lado" - que contra factos não há argumentos.
De facto escapou-me. Como os ciclos climáticos são da ordem dos milhares de anos e os ciclos celestes a que se refere da ordem das dezenas de milhões de anos, durante um dos segundos há milhares dos outros.
ResponderEliminarPortanto, enquanto o Sol "arrefece", a Terra vai aquecer/arrefecer/aquecer milhares de vezes devido a factores endógenos do próprio planeta.
A propósito - o ano/luz é uma unidade de distância e não de tempo.
Contudo, por se tratar do António Marques Pinto, sinto-me compelido a fazer uma auto-crítica, revolucionária, como todas as auto-críticas devem ser: quanto se trata destes assuntos científicos, tenho tendência a perder o sentido de humor, como acontecia com o Álvaro Cunhal...
Como acontecia com o Álvaro Cunhal...? Hum, alguma semelhança teria que haver entre os dois.
ResponderEliminarQuanto ao meu disparate sobre os anos-luz, só tenho que agradecer a correcção. A minha mente já estava a confundir a distância terra-sol com o tempo que a luz demora a percorrê-la... São dimensões demasiado grandes para comentários apressados, digamos.