Eu não sei qual será o objectivo que estará por detrás da grande cobertura que o Público deu à decisão de Jaime Gama de alterar o regime das viagens dos deputados. É bem possível que ali esteja uma tentativa de criar um embrião de uma próxima candidatura presidencial do peixe de águas profundas, que nestas coisas do binómio política/informação nunca se pode partir do pressuposto que as notícias aparecem por acaso. Contudo, deve saudar-se a decisão de a publicar, sobretudo acompanhada da explicação da viagem que terá provocado o escândalo – abafado – que terá levado Jaime Gama a agir.
Ao contrário do grosso da actividade parlamentar, os eleitores compreendem aquelas histórias e quase todos se interessam por elas e será a sua divulgação e conhecimento público que as pode tornar instrumento de dissuasão para que os titulares de cargos públicos não repitam aquelas práticas abusivas. E todavia, e seguindo um outro hábito bem português, a identificação dos deputados que estiveram a fazer turismo no Dubai à custa do erário público, acaba por ser feita de uma forma superficial, permitindo, como é infelizmente costume, que as acusações possam ser diluídas por todos os deputados...
É por isso sempre útil e até pedagógico destacar e mostrar as caras das vedetas destes episódios burlescos, no caso, e a fazer fé na narrativa do Público, os deputados Duarte Pacheco (à esquerda) e Miguel Relvas (à direita) do PSD (acima) e Leonor Coutinho (à esquerda) e Miguel Ginestal (à direita) do PS (em baixo). Com a excepção de Relvas, todos eles dão pouco na televisão, e por isso fiz uma ligação em cima do nome de cada um deles para uma das suas intervenções parlamentares, para os conhecermos bem: todos eles nos devem a cortesia de um romântico fim-de-semana para dois em terras exóticas do Dubai…
Quanto ao hipotético prestígio que Portugal obteria por ter os seus deputados a viajar em voos de primeira classe, privilégio agora suprimido por Gama, nunca mais me esqueço de uma viagem de Paris para Lisboa, onde metade do avião fora reservado para a classe executiva por causa de uma numerosa delegação moçambicana que acabara de negociar com o FMI… Durante a viagem, conhecida a precária situação financeira de Moçambique, só me lembrava da cena de A Canção de Lisboa em que o marçano do talho batia à mesa do despejado (mas digno...) Vasco Santana (abaixo, aos 5:15s), que acabava destratado: – Eh, pelintra!…
Nota: Porque estes assuntos são sérios, convêm ser tratados com rigor, para que não haja confusões inadmissíveis como a que acontece neste blogue, em que suponho que Miguel Portas terá sido confundido com Miguel Relvas...
Ao contrário do grosso da actividade parlamentar, os eleitores compreendem aquelas histórias e quase todos se interessam por elas e será a sua divulgação e conhecimento público que as pode tornar instrumento de dissuasão para que os titulares de cargos públicos não repitam aquelas práticas abusivas. E todavia, e seguindo um outro hábito bem português, a identificação dos deputados que estiveram a fazer turismo no Dubai à custa do erário público, acaba por ser feita de uma forma superficial, permitindo, como é infelizmente costume, que as acusações possam ser diluídas por todos os deputados...
É por isso sempre útil e até pedagógico destacar e mostrar as caras das vedetas destes episódios burlescos, no caso, e a fazer fé na narrativa do Público, os deputados Duarte Pacheco (à esquerda) e Miguel Relvas (à direita) do PSD (acima) e Leonor Coutinho (à esquerda) e Miguel Ginestal (à direita) do PS (em baixo). Com a excepção de Relvas, todos eles dão pouco na televisão, e por isso fiz uma ligação em cima do nome de cada um deles para uma das suas intervenções parlamentares, para os conhecermos bem: todos eles nos devem a cortesia de um romântico fim-de-semana para dois em terras exóticas do Dubai…
Quanto ao hipotético prestígio que Portugal obteria por ter os seus deputados a viajar em voos de primeira classe, privilégio agora suprimido por Gama, nunca mais me esqueço de uma viagem de Paris para Lisboa, onde metade do avião fora reservado para a classe executiva por causa de uma numerosa delegação moçambicana que acabara de negociar com o FMI… Durante a viagem, conhecida a precária situação financeira de Moçambique, só me lembrava da cena de A Canção de Lisboa em que o marçano do talho batia à mesa do despejado (mas digno...) Vasco Santana (abaixo, aos 5:15s), que acabava destratado: – Eh, pelintra!…
... e, também, gostei muito da grafia do título do post.
ResponderEliminar:))