Ao ter remetido no
poste abaixo para uma receita para
osso buco, lembrei-me de uma das mais famosas receitas da Antiguidade. Foi uma criação de Astérix durante uma aventura dele e de Obélix que decorre em Roma (
Os Louros de César) e trata-se de um prato que, curiosamente, e ao contrário dos exemplos do
Bacalhau à Gomes de Sá ou do
Lombo Chateaubriand, acabou por não ser atribuido o nome do seu criador.

Devido à profusão de ingredientes (veja-se acima a receita), acaba por tornar-se um prato dispendioso, embora seja de uma simplicidade infantil de confeccionar: despeja-se tudo para dentro de uma panela com água a ferver, mesmo a galinha, que vai com as penas e tudo! Depois mexe-se e está pronto a servir. Consta tratar-se de um prato
pujante, para apreciadores genuínos e tem a reputação de curar instantaneamente qualquer ressaca.

Se podemos considerar Astérix como um
longínquo antepassado da tradição da cozinha francesa, podemos considerar Obélix um
longínquo antepassado da tradição da crítica gastronómica desse mesmo país que estabelece como axioma – veja-se para exemplo
a classificação ridícula das estrelas do Guia Michelin – que todos os pratos que forem concebidos fora do seu país – neste caso, em Roma – serão de qualidade inferior…
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