
Parece-me evidente que José Sócrates já estará há tempo suficiente no poder para agora só estar rodeado de uma camarilha servil e concordante. É esse conceito muito elevado da sua importância que costuma atacar infelizmente quem ocupa o poder mais do que um par de anos, ampliado pela caixa de ressonância dos que o rodeiam que explicam – mas não desculpam... – aqueles exageros da campanha negra. Chegados aqui, deixem-me mudar para um outro assunto, ou, adoptando a expressão de José Sócrates e dos seus apaniguados, para uma outra campanha, esta branca por possuir a virtude de nem se ter dado por ela. Falo do Caso da Carta de Patrão de Costa de Joaquim Ferreira do Amaral…

O depoimento que o ex-ministro de Cavaco Silva, ex-candidato a Presidente da República e actual presidente da Lusoponte prestou ao Correio da Manhã chega a ser tocante pela sua candura: ele e o filho foram de Cascais até Matosinhos(*) para obter a tal Carta de Patrão de Costa porque ali o curso era melhor e só durava quatro dias, além de que, quando Ferreira do Amaral recebeu o SMS com as respostas certas ao exame, já nem estava dentro da sala… Mais uma vez, depois de Dias Loureiro, temos oportunidade de ouvir as declarações de um ex-governante ingénuo, a quem nunca lhe passou pela cabeça que pudesse vir a estar associado a algo ilegal: Qual não é o meu espanto quando a polícia me chamou!...

(*) - Claro que há variadíssimas escolas na região da Grande Lisboa onde eles poderiam obter precisamente a mesma Carta...
Estou quase a chegar a uma fase em
ResponderEliminarque deixarei de ler jornais.Estava-
-se no BPN,no BPP e vem o SOL com
o Freeport(há uma personagem comum
ao BPN e ao SOL-J.Coimbra,de seu
nome)Parece que o Freeport vende
bem,possivelmente melhor que a"carta de patrão de costa"só assim se compreende a parcialidade
Se há crime,investigue-se BEM, e
depois julgue-se.É dramático julgar-se,quem quer que seja,na
praça pública.Já passei por essa
Há cinco anos,"fabricaram-me"um
crime de ofensas corporais a uma
senhora.Fui constituído arguido
com termo de identidade e residência.Aqui na aldeia, e não só,para muitas pessoas,eu era já
um tipo condenado.Passado um ano,
fui a julgamento.Antes deste se
iniciar,o meu advogado informa-me
que o colega,patrono da queixosa,
disse-lhe desistir da queixa caso
eu pague a indemnização que ela
pedia.Aconselhou-me a aceitar,
poderia dizer depois que ela só
queria dinheiro.Não aceitei.Sou
chamado ao gabinete da SrªJuíza,
onde ouço a mesma conversa,deveria
pagar a indemnização e não ir a
julgamento.Respondi-lhe"Srª Drª
tive um soldado que foi fuzilado
sem julgamento,ainda acredito na
Justiça,se pagar a indemnização
estou a dar-me como culpado,em
memória do meu soldado quero ser
julgado"Fui absolvido.Quero crer
que a Justiça,ainda que demorada,
funciona,os jornais não julgam,
confundem.
Abraço