O noticiário das 7H30 da TSF de hoje começou com as declarações de ontem de Manuela Ferreira Leite criticando José Sócrates por preferir comparecer à sessão de encerramento do Congresso do seu Partido no Domingo do que à Cimeira Europeia informal que se irá realizar no mesmo dia. O noticiário das 8H00 repetiu as declarações de Manuela Ferreira Leite, mas já incluiu as de Augusto Santos Silva em reacção às críticas de Manuela Ferreira Leite. O das 8H30 já principiou pelas declarações de Santos Silva, que depois precisaram de ser enquadradas com as que haviam sido proferidas anteriormente por Manuela Ferreira Leite. E no das 9H00, num espaço de abertura ainda mais alargado para as declarações de Santos Silva, já se incluíam as suas apreciações à boutade de Ferreira Leite sobre os seis meses sem democracia, como se isso tivesse alguma coisa a ver com o assunto original…
Ao mesmo tempo, desmentindo na prática tudo o que Santos Silva estava a dizer sobre a importância do Congresso do PS para justificar a comparência de José Sócrates, a própria TSF, em notícia posterior de cada noticiário, elegia como assuntos potencialmente mais interessantes para o Congresso o eventual - ainda não confirmado - anúncio de quem será o cabeça de lista do PS para as eleições europeias e… a presença ou ausência de Manuel Alegre no dito Congresso. O que vale é que a tal Cimeira informal também é capaz de ser uma grande chachada… José Sócrates até pode ter razão e podia mandar que os seus assessores transmitissem isso de uma maneira elegante. Mas assim não... Na sua mais recente cruzada política, nem sempre José Pacheco Pereira tem tido razão quanto à parcialidade dos órgãos de informação. Neste caso concreto, nesta rádio em concreto, dou-lhe a razão. Toda.
* EN era abreviatura da Emissora Nacional, a emissora oficial do Estado Novo, cuja sigla sempre aparecia em lugar de destaque nas ocasiões em que os governantes se dirigiam ao país, conforme se confirma nas fotografias de Américo Thomaz e de Marcello Caetano acima inseridas.
Ao mesmo tempo, desmentindo na prática tudo o que Santos Silva estava a dizer sobre a importância do Congresso do PS para justificar a comparência de José Sócrates, a própria TSF, em notícia posterior de cada noticiário, elegia como assuntos potencialmente mais interessantes para o Congresso o eventual - ainda não confirmado - anúncio de quem será o cabeça de lista do PS para as eleições europeias e… a presença ou ausência de Manuel Alegre no dito Congresso. O que vale é que a tal Cimeira informal também é capaz de ser uma grande chachada… José Sócrates até pode ter razão e podia mandar que os seus assessores transmitissem isso de uma maneira elegante. Mas assim não... Na sua mais recente cruzada política, nem sempre José Pacheco Pereira tem tido razão quanto à parcialidade dos órgãos de informação. Neste caso concreto, nesta rádio em concreto, dou-lhe a razão. Toda.
* EN era abreviatura da Emissora Nacional, a emissora oficial do Estado Novo, cuja sigla sempre aparecia em lugar de destaque nas ocasiões em que os governantes se dirigiam ao país, conforme se confirma nas fotografias de Américo Thomaz e de Marcello Caetano acima inseridas.
A TSF ” transformou-se” numa rádio nova-rica, à imagem do seu dono novo-rico. o Oliveira.
ResponderEliminarSe as rádios fumassem a TSF não dispensaria o charuto.
O parolo do Baldaia vindo da bALDEIA, esquece-se que é em Lisboa que a audiência tem peso significativo e quer à força manter a sua (dele) terra ao mesmo nível, mas, mais dia menos dia, terá a importância duma estação regional, bastará surgir alguém com capacidade para desmontar o esquema.
Politicamente perdeu a objectividade de antigamente e pouco mais é do que um órgão oficioso do poder (porque será?...).
Desportivamente é um autêntico insulto, um branqueador compulsivo das trambiquices do clube do director.
Nota: Sei o que se passa porque me dizem, já que não gasto, nem gosto, daquele grupo: DN, JN, 24 h, etc.
bfs
A rádio tem as suas limitações intrínsecas, por isso, quando em directo, como a TSF se orgulha de fazer, o reporter tem que estar sempre a dizer qualquer coisa, nem que sejam inanidades. Normalmente são-no e não é, de todo, o meu estilo de rádio.
ResponderEliminarQuando há qualquer coisa de importante a passar-se não é preciso relato para nos apercebermos da gravidade: estou a lembrar-me da gravação sonora da invasão da Cortes espanholas em 23 de Fevereiro de 1981 em que o reporter acabou caladinho que nem um rato mas a banda sonora é eloquente sobre o que se estava a passar...
Isto é diferente. Isto não é só tonto. Isto é manipulação.