Daqueles meus tempos em que era um adepto interessado da Fórmula 1 e em que o George Harrison cantava o seu hit Faster, dedicado a Ronnie Peterson, fui recordar o impacto que causou a apresentação pela escuderia Tyrrell em 1976 de um novo carro com seis rodas… Baptizado com a designação P-34, em vez da disposição tradicional, o novo Tyrrell possuía 4 rodas dianteiras mais pequenas do que era habitual (abaixo), o que lhe dava uma configuração única, facilmente distinguível da dos restantes carros das outras escuderias (um deles é facilmente identificável nas imagens iniciais do vídeo acima).
Porém, tão ou mais importante do que atrair a atenção da informação, em termos de competição na Fórmula 1, aquela nova concepção mostrava possuir um bom potencial de desenvolvimento para concorrer com os carros de concepção tradicional. Apresentados em Maio de 1976, logo em Junho desse ano, os dois Tyrrell alcançaram o primeiro e o segundo lugares no Grande Prémio da Suécia. Mas foi a primeira e única vitória obtida pelos P-34. Era uma ideia a explorar mas os custos do seu desenvolvimento tornavam-se muito superiores aos da concorrência – era o caso dos ensaios para os pneus frontais, únicos, por exemplo…
O P-34 foi redesenhado para a época seguinte (1977), como se pode ver na fotografia acima. Contudo, o efeito que mais cobiça terá despertado entre as escuderias rivais foi o efeito mediático. Ainda em 1976, uma delas, a March, anunciou pomposamente o seu protótipo de 6 rodas. Denominado March 2-4-0 (abaixo), ao contrário do Tyrrell, o da March possuía 4 rodas motrizes traseiras. Como se veio mais tarde a descobrir, os problemas técnicos que se colocavam à adopção daquela solução eram tão grandes que o carro nunca chegou a competir e tudo não passava de uma gigantesca operação de promoção…
Sem chegar a ser visto a participar num Grande Prémio ao longo do campeonato de 1977, o March 2-4-0 veio a revelar-se assim ser um enorme embuste (de 6 rodas!!) unicamente destinado a atrair a atenção mediática e, através dela, eventuais patrocinadores para a escuderia. Quanto à Tyrrell, na temporada seguinte, de 1978, com o Modelo 008, acabou por regressar às configurações convencionais de monolugares de Fórmula 1 com as tradicionais 4 rodas. Actualmente, e de acordo com os regulamentos, não é autorizada a participação na Fórmula 1 de viaturas que possuam mais do que essas 4 rodas...
O P-34 foi redesenhado para a época seguinte (1977), como se pode ver na fotografia acima. Contudo, o efeito que mais cobiça terá despertado entre as escuderias rivais foi o efeito mediático. Ainda em 1976, uma delas, a March, anunciou pomposamente o seu protótipo de 6 rodas. Denominado March 2-4-0 (abaixo), ao contrário do Tyrrell, o da March possuía 4 rodas motrizes traseiras. Como se veio mais tarde a descobrir, os problemas técnicos que se colocavam à adopção daquela solução eram tão grandes que o carro nunca chegou a competir e tudo não passava de uma gigantesca operação de promoção…
Sem chegar a ser visto a participar num Grande Prémio ao longo do campeonato de 1977, o March 2-4-0 veio a revelar-se assim ser um enorme embuste (de 6 rodas!!) unicamente destinado a atrair a atenção mediática e, através dela, eventuais patrocinadores para a escuderia. Quanto à Tyrrell, na temporada seguinte, de 1978, com o Modelo 008, acabou por regressar às configurações convencionais de monolugares de Fórmula 1 com as tradicionais 4 rodas. Actualmente, e de acordo com os regulamentos, não é autorizada a participação na Fórmula 1 de viaturas que possuam mais do que essas 4 rodas...
Ter sido um escocês (Ken Tyrrel) a lançar as 6 rodas, de parceria com Derek Gardner, um dos nomes sonantes da engenharia da F1, é que admira.
ResponderEliminarComplicar a mecânica é um prazer tão francês...
É agradável recordar os anos 70 da F1, em que ocorreram corridas memoráveis como em Dijon 1979 (duelo Villeneuve-Arnoux) ou Monza 1971 (última curva com três pilotos a lutar pela vitória, Gethin-Peterson-Cèvert).
ResponderEliminarMais do que isso, Impaciente, trata-se de um escocês a complicar as coisas (à francesa) de uma forma imaginativa (à italiana)...
ResponderEliminarÓptima definição!
ResponderEliminarBrilhante!