22 fevereiro 2009

A MANDATÁRIA

Nem sei como apareceu a celebrada figura de mandatário numa campanha. Suponho que nem vale a pena investigar. Porque também percebi a sua importância irrelevante para o sucesso da campanha que mandatam. Apesar disso, tem-se caminhado para uma multiplicação dos mandatos nas campanhas. Ou seja, são mais os que mandatam, mas mandatam apenas em áreas específicas, sejam elas regionais, funcionais ou etárias.
Hoje costuma haver um mandatário nacional que teoricamente devia ter, mas raramente terá, ascendente sobre mandatários, distritais, concelhios, financeiros, da juventude ou da terceira idade. Noticia-se que existem, mas ninguém sabe o que eles fazem. Sendo inócuos, podem ser cómicos. Nas últimas eleições presidenciais havia vários, alguns mandatados para uma juventude que nunca me pareceu entusiasmada com a campanha.
Da parte de Cavaco Silva havia a mandatária Kátia Guerreiro que apenas aparecia e não devia, porque depois parecia estar interdita de abrir a boca. Da parte de Manuel Alegre, havia o PacMan, que abria a boca e não devia, porque não conseguia articular três frases encadeadas coerentes. Da parte de Mário Soares, havia a Joana Amaral Dias que articulava as três frases, mas não devia, porque nunca dizia algo de importante nelas.
Que agora se evidencie a superficialidade desta última é coisa que não deve surpreender. Afinal, Joana Amaral Dias terá sido sempre uma criatura do Bloco de Esquerda promovida no meio daquela benevolência que a organização parece gozar no meio da comunicação social – e que agora lhe foi retirada… O meu apoio à campanha para a salvar não se deve ao preconceito que as bonitas são tontas, mas à preferência por tontas que sejam bonitas…

5 comentários:

  1. Uma preferência muito bem justificada!

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  2. Bolas...
    [Ainda bem que hoje estou(tontamente) mascarada!]

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  3. Por acaso, desta vez, concordo inteiramente contigo.

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  4. Não seja por isso, Maria do Sol, eu estou institucionalmente mascarado de Fozzie Bear...

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  5. O mandatário é uma espécie de vítima do chato dos contemporâneos. No fundo o que ele quer é "aparecer". Dá pontos, dá prestígio e depois é sempre mais fácil aumentar a procura aos seus serviços. Para os que os escolhem... fica sempre bem um bibelot enquanto se manda uma s bocas ao pagode. Dá status. Tão a ver, saloiada, como é que se sobe na vida e se ganham eleições ??

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