Recordo dos Compêndios de Geografia que as Antilhas de dividem entre as Grandes e as Pequenas Antilhas (no mapa acima). Estas últimas são ilhas de pequenas dimensões e compartilham uma história comum, tendo quase todas sido descobertas durante as viagens de Cristóvão Colombo (aliás, a maioria delas foram baptizadas com nomes de santos), a que se seguiu a chegada dos europeus, a extinção das populações originais, o povoamento com uma elite de origem europeia e uma massa de escravos africanos dedicados a uma economia de plantação da cana de açúcar.
Originalmente todas espanholas, a maioria das ilhas vieram a trocar violentamente de proprietário posteriormente, algumas até por várias vezes, e hoje, para além das que entretanto se tornaram independentes, ainda há ali ilhas que são dependências do Reino Unido, da França, dos Estados Unidos e dos Países Baixos. Mas, mais do que contar as histórias que foram a regra das disputas violentas entre armadas ao longo dos Séculos XVII e XVIII, pretende-se contar aqui a de uma ilha (a Noroeste no mapa acima), em que essas disputas foram resolvidas de uma forma pacífica quase desde o princípio.
É isso que faz com que a pequena ilha de São Martinho, com 87 km², quase dez vezes mais pequena que a da Madeira, seja uma anomalia política do mundo moderno: trata-se do mais pequeno território contíguo habitado que está submetido a duas soberanias distintas. Há assim uma possessão holandesa chamada Sint Maarten, com 37.600 habitantes e 34 km², que tem uma fronteira a norte com a extensão de 10,2 km com uma outra possessão, essa francesa, que se chama Saint-Martin e que possui 53 km² e 35.300 habitantes. E isso acontece depois de um Tratado que foi assinado em 1648...
Como acontecia outrora com a produção de açúcar, todas as Antilhas continuam a concorrer entre si, embora agora seja como destinos turísticos para europeus e norte-americanos. Mas todas as ilhas acabam por oferecer essencialmente mais ou menos a mesma coisa como programa de férias e qualquer detalhe que sirva para as distinguir da concorrência é explorado até à exaustão. E o pormenor que distingue São Martinho das outras ilhas adjacentes é, no mínimo, bizarro: é o seu aeroporto. Situado no lado holandês (acima, a Sudoeste) da ilha, as suas pistas estendem-se até à beira da praia…
Originalmente todas espanholas, a maioria das ilhas vieram a trocar violentamente de proprietário posteriormente, algumas até por várias vezes, e hoje, para além das que entretanto se tornaram independentes, ainda há ali ilhas que são dependências do Reino Unido, da França, dos Estados Unidos e dos Países Baixos. Mas, mais do que contar as histórias que foram a regra das disputas violentas entre armadas ao longo dos Séculos XVII e XVIII, pretende-se contar aqui a de uma ilha (a Noroeste no mapa acima), em que essas disputas foram resolvidas de uma forma pacífica quase desde o princípio.
É isso que faz com que a pequena ilha de São Martinho, com 87 km², quase dez vezes mais pequena que a da Madeira, seja uma anomalia política do mundo moderno: trata-se do mais pequeno território contíguo habitado que está submetido a duas soberanias distintas. Há assim uma possessão holandesa chamada Sint Maarten, com 37.600 habitantes e 34 km², que tem uma fronteira a norte com a extensão de 10,2 km com uma outra possessão, essa francesa, que se chama Saint-Martin e que possui 53 km² e 35.300 habitantes. E isso acontece depois de um Tratado que foi assinado em 1648...
Como acontecia outrora com a produção de açúcar, todas as Antilhas continuam a concorrer entre si, embora agora seja como destinos turísticos para europeus e norte-americanos. Mas todas as ilhas acabam por oferecer essencialmente mais ou menos a mesma coisa como programa de férias e qualquer detalhe que sirva para as distinguir da concorrência é explorado até à exaustão. E o pormenor que distingue São Martinho das outras ilhas adjacentes é, no mínimo, bizarro: é o seu aeroporto. Situado no lado holandês (acima, a Sudoeste) da ilha, as suas pistas estendem-se até à beira da praia…
Para os entusiastas que gostam de fotografar e filmar de perto as chegadas e partidas dos aviões, a praia de Maho, que se situa precisamente no enfiamento da pista do aeroporto tornou-se num local de referência mundial. Para quem aprecie, juntei ao poste o vídeo de uma aterragem de um Boeing 747 da KLM holandesa e também outro do princípio de uma descolagem de outro Boeing 747 mas da Air France, porque, embora os franceses possuam um aeroporto bastante mais pequeno na metade norte da ilha, também neste aspecto a colaboração entre as duas potências coloniais parece ser a regra…
Sem comentários:
Enviar um comentário