Provavelmente o aspecto mais controverso do Jeep será a razão para que tenha aquele nome. Há quem defenda que a designação resulta da pronúncia em inglês das iniciais do nome do projecto inicial de concepção de uma viatura para o exército: general purpose (utilização geral) - gp, que, pronunciado dji-pi, acabou por se transformar no nome Jeep. Mas há quem conteste essa explicação e apresente outras.
Embora esteja muito mais divulgada a história das especificações feitas pelo exército norte-americano para uma viatura militar das dimensões de um carro utilitário, a verdade é que cronologicamente até foi a Wehrmacht alemã quem se tornou pioneira a encomendar uma viatura militar de propósitos e dimensões semelhantes à do Jeep à organização que viria a ser conhecida por Volkswagen. Chamou-lhe Kubelwagen (embaixo, do lado direito).
As diferenças entre as duas viaturas são também simbólicas das diferenças estruturais entre os dois exércitos durante a Segunda Guerra Mundial. O Kubelwagen alemão era uma prosaica adaptação para fins militares do Volkswagen, com um motor de 24 CV (60 no Jeep), arrefecido a ar (a água, no Jeep), com duas rodas motrizes (eram 4 no Jeep), mas mais leve e muito mais económico no consumo do que o Jeep (tinha um depósito de apenas 30 litros).
O exército alemão nunca foi muito rico em combustível e o Kubelwagen era uma mera viatura de transporte de oficiais, sem as características revolucionárias de transporte táctico de uma pequena secção de infantaria ou de plataforma móvel para transporte ou reboque de armas mais pesadas, que estabeleceram a fama do Jeep. As unidades produzidas durante o conflito também não tiveram nada que se comparasse: 50 mil Kubelwagens e 640 mil Jeeps (360 da Willys e 280 da Ford)!
Assim popularizado durante a guerra, por causa de alguns pormenores como o capot plano e perfeitamente horizontal que dava para mesa de refeições e ao mesmo tempo de palanque para os oficiais falarem às tropas, o sucesso fez com que depois de 1945 todos os exércitos o adoptassem e alguns países o viessem a produzir em modelos nacionais como são os casos do Land Rover britânico (acima), do Iltis e do G-Wagen alemães ou do UAZ soviético, entre outros. E o próprio Jeep original foi sofrendo várias evoluções (como se vê abaixo).
A adopção pelos norte-americanos do HMMWV (alcunhado de Humvee) na década de oitenta representou, de certa forma, uma ruptura com o conceito clássico do Jeep. A actual viatura militar regulamentar das forças armadas norte-americanas tem as dimensões (é 38% mais comprida, 33% mais larga e quase 100% mais pesada do que o Jeep original…) de uma daquelas verdadeiras banheiras americanas do tempo do petróleo a tostão com o carisma correspondente...
É verdade que a última missão onde eles têm aparecido (Iraque) também não as tem ajudado muito...
As diferenças entre as duas viaturas são também simbólicas das diferenças estruturais entre os dois exércitos durante a Segunda Guerra Mundial. O Kubelwagen alemão era uma prosaica adaptação para fins militares do Volkswagen, com um motor de 24 CV (60 no Jeep), arrefecido a ar (a água, no Jeep), com duas rodas motrizes (eram 4 no Jeep), mas mais leve e muito mais económico no consumo do que o Jeep (tinha um depósito de apenas 30 litros).
O exército alemão nunca foi muito rico em combustível e o Kubelwagen era uma mera viatura de transporte de oficiais, sem as características revolucionárias de transporte táctico de uma pequena secção de infantaria ou de plataforma móvel para transporte ou reboque de armas mais pesadas, que estabeleceram a fama do Jeep. As unidades produzidas durante o conflito também não tiveram nada que se comparasse: 50 mil Kubelwagens e 640 mil Jeeps (360 da Willys e 280 da Ford)!
Assim popularizado durante a guerra, por causa de alguns pormenores como o capot plano e perfeitamente horizontal que dava para mesa de refeições e ao mesmo tempo de palanque para os oficiais falarem às tropas, o sucesso fez com que depois de 1945 todos os exércitos o adoptassem e alguns países o viessem a produzir em modelos nacionais como são os casos do Land Rover britânico (acima), do Iltis e do G-Wagen alemães ou do UAZ soviético, entre outros. E o próprio Jeep original foi sofrendo várias evoluções (como se vê abaixo).
A adopção pelos norte-americanos do HMMWV (alcunhado de Humvee) na década de oitenta representou, de certa forma, uma ruptura com o conceito clássico do Jeep. A actual viatura militar regulamentar das forças armadas norte-americanas tem as dimensões (é 38% mais comprida, 33% mais larga e quase 100% mais pesada do que o Jeep original…) de uma daquelas verdadeiras banheiras americanas do tempo do petróleo a tostão com o carisma correspondente...
É verdade que a última missão onde eles têm aparecido (Iraque) também não as tem ajudado muito...
Mas o “Jeep” original também era americano no consumo!
ResponderEliminarGasolina, 3 velocidades... 25 l aos 100 km.
Haja galão para atestar porque, ao litro, não ia longe!
Foi por preguiça de não converter os "miles per gallon" para os nossos "litros aos 100" que não calculei os consumos de Humvee, mas suponho que pelo peso e pela potência envolvidas não devem envergonhar os do Jeep.
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