04 maio 2007

O ARRUMADOR IMPERTINENTE

A descrição que o sempre contido Pedro Magalhães fez no seu blogue a respeito das suas deambulações profissionais por terras madeirenses faz lembrar muito a sociologia daquelas tribos nómadas da população nativa de países como a Arábia Saudita ou os Emiratos Árabes Unidos: são sociedades que mantêm as regras medievais e que ainda não se adaptaram às condições materiais que a prosperidade lhes trouxe.

Incomoda-me e irrita-me ouvir Alberto João Jardim a falar no estilo em que o costuma fazer, mas não tenho a certeza que as culpas sejam todas dele, nem principalmente dele, pelo facto de a Madeira, apesar da prosperidade dos fundos comunitários, permanecer uma sociedade quase feudal depois de mais de 30 anos de liberdade eleitoral. Afinal no México aproveitaram-se dessa mesma liberdade para reeleger por 70 anos a fio o mesmo partido político
O que é inadmissível, e permanecerá inadmissível seja qual for o resultado eleitoral no próximo Domingo nas eleições da Madeira é que Jardim se permita confrontar o governo central e, por extensão, o resto dos portugueses, quando aqui aparece de mão estendida e não lhe dão o que ele quer. Poderá ser um estilo, mas é um estilo de que eu não gosto, nem nos arrumadores que acham que 50 cêntimos é pouco, nem em políticos quando levam (justamente) tampa

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