Se o cartaz da manifestação mais abaixo era absurdo, repudiando o racismo ao mesmo tempo que se apelava à expulsão dos chineses, veja-se como este outro cartaz que precede uma das nossas saudosas manifestações do PREC também o é (absurdo), embora de uma forma mais subtil, quando se apela a uma libertação imediata, não por causa de um erro ou de um abuso da justiça, mas somente por causa da condição de antifascistas dos presos. Bons tempos esses, em que, a crer no cartaz, o antifascismo podia colocar os antifascistas acima da lei. E eles eram tantos, os antifascistas... tanto mais que a escassez dos fascistas tornava ainda mais cómodo sê-lo.
O autor provavelmente desconhece que para ser preso, naqueles tempos, bastava ser do " contra"... A não ser que ache que como a lei punia quem proferisse declarações contra a integridade da Pátria e coisas no género só se deviam libertar os presos por tais crimes em caso de erro... Eram "presos políticos", talvez lhe conviesse aprofundar esta noção...
ResponderEliminarDou-lhe um exemplo de uma palavra de ordem comum então em que o absurdo é bem mais notório:
Julgamento popular e execução imediata dos PIDES. Para quê julgá- los se era para os executar imediatamente? :-)
Bom Ano Novo para si
O autor deste blogue dispensa presunções, muito menos recomendações, do comentador acima. Ainda no domínio do absurdo, aquilo que será a actual “brigada do reumático” parece querer guardar para ela e com uma religiosidade sem traço de senso de humor o exclusivo do entendimento do que foram os anos do PREC. Durante mais de oito anos de textos, já aqui escrevi, e com muito gosto, mais de 300 entradas sobre as deambulações históricas da Dialéctica, nomeadamente na sua versão “carnavalesca” em Portugal. Portanto, meu estimado Hy, seja lá quem você for, e como soi dizer-se: “Vai Estudar oh Relvas!”
ResponderEliminarBem, meu caro, nao tinha qualquer intenção de ofendê-lo ou de lhe impor leitura alguma sobre o que quer que fosse. Apenas expressar-lhe a minha opinião de que o exemplo que escolheu nao era muito feliz. Posso estar errado, naturalmente, mas já percebi que essa é uma possibilidade que o caro nao admite. Tanto aprecio a sua leitura do absurdo que até lhe dei um exemplo que me parece expressar muito melhor o que achei que queria expor. E com um sorriso. Mas se você acha que o comentário é apenas expressão de presunção, falta de humor e tentativa de lhe impor nao percebi bem o quê, peço-lhe desculpa. O melhor será nao voltar a comentar seja o que for para nao o incomodar.
ResponderEliminarQuanto ao "Relvas" e aos "estudos", nao conheço o personagem, nem sequer tenho vontade de o conhecer, mas dos meus estudos sei eu. Cuide dos seus.
Renovo os votos de bom ano novo, para si e para o seu blog.
Claro que agora o meu caro Hy confessa que “não tinha qualquer intenção…” mas recordemo-nos que começara por se referir a assuntos que eu “provavelmente desconhecia” e por mencionar “noções” que a mim me “conviria aprofundar”… É nestas ocasiões que me lembro da morfologia do Pinóquio e de como é uma pena que ela às vezes não se possa aplicar também aos humanos – o Hy ia acabar com a ponta do nariz encostado ao monitor!
ResponderEliminarAos comentadores mais agrestes costumo recordar que este blogue tem mais de 4.500 postes, uns mais bem conseguidos que outros, e que, tem piada!, antes desta intervenção do Hy a propósito deste poste, que ele não terá “achado muito feliz”, nunca eu havia dado aqui por ele, em qualquer comentário menos crítico a outro poste que fosse mais passível de elogio. Algo este teria de especial…
E confesso, como confessou o Almirante Pinheiro de Azevedo a propósito de sequestros nos tempos do PREC quando dizia “é uma coisa que a mim me chateia, pá!”. A ele chateava-o ser sequestrado, a mim chateia-me ser tratado com sobranceria, ainda para mais quando o autor das bocas do comentário nem sequer se assina pelo seu próprio nome. São preâmbulos que me fazem já não dar a devida consideração ao resto do texto.
Mas também já descobri nestes oito anos de blogues que, quem assim trata os outros com sobranceria, também afina quando lhe retribuem a mesma forma de tratamento, como aconteceu no caso do meu prezado comentador Hy.