Uma das raras unanimidades entre a comunidade dos economistas é a constatação que, com a adesão ao Euro, se perdeu a capacidade de intervir na fixação do câmbio da nossa moeda, que foi um dos instrumentos de política cambial tantas vezes utilizados no passado para reagir a situações críticas como a actual. Quanto então se desvalorizava o escudo de forma súbita e administrativa, pretendia-se aumentar a competitividade dos nossos sectores exportadores e de serviços (como o turismo) embora as importações se tornassem mais caras e tendessem a diminuir – no conjunto, tratava-se de um tratamento de choque destinado a forçar o equilíbrio das nossas contas externas. Ora foi esse tratamento que deixou saudades nalguns sectores de economistas, mas que agora deixou de ser possível.

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