Num dos episódios mais caricatos das finanças portuguesas dos últimos anos, precisamente antes de atirar o banco que dirigia (BPP) para a falência, a figura de João Rendeiro tornou-se conhecida do grande público por aparecer na capa de um livro (provavelmente encomendado por si) onde se apresentava como alguém que venceu nos mercados. Felizmente o ridículo não mata…
Relacionado de algum modo com esse disparate, pergunto-me que passará pela cabeça de um editor de um jornal como o Público e que critérios jornalísticos poderá ele invocar quando, numa coluna da página 7 da edição de hoje (reproduzida à esquerda, pode-se ampliar), em que se apresentam as reacções dos partidos da oposição parlamentar à entrevista dada por José Sócrates à RTP anteontem, se escolhe dar-lhe o título e começar a notícia pela importantíssima opinião de João Rendeiro, em detrimento das de Miguel Relvas do PSD, Paulo Portas do CDS-PP, Dias Coelho do PCP e José Manuel Pureza do BE.
No fim, lê-se que a notícia é da co-autoria da Lusa, e é para esta dupla imbatível formada pelo jornal e pela agência noticiosa que eu, se bem percebi o critério de interesse jornalístico que levou àquela hierarquização das opiniões sobre a entrevista do primeiro-ministro, lanço este meu desafio: que tal, numa próxima ocasião, começar por pedir e dar destaque à opinião de João Vale e Azevedo?... Não se lhe reconhece a ele também um perfil «vencedor»?
Relacionado de algum modo com esse disparate, pergunto-me que passará pela cabeça de um editor de um jornal como o Público e que critérios jornalísticos poderá ele invocar quando, numa coluna da página 7 da edição de hoje (reproduzida à esquerda, pode-se ampliar), em que se apresentam as reacções dos partidos da oposição parlamentar à entrevista dada por José Sócrates à RTP anteontem, se escolhe dar-lhe o título e começar a notícia pela importantíssima opinião de João Rendeiro, em detrimento das de Miguel Relvas do PSD, Paulo Portas do CDS-PP, Dias Coelho do PCP e José Manuel Pureza do BE.
No fim, lê-se que a notícia é da co-autoria da Lusa, e é para esta dupla imbatível formada pelo jornal e pela agência noticiosa que eu, se bem percebi o critério de interesse jornalístico que levou àquela hierarquização das opiniões sobre a entrevista do primeiro-ministro, lanço este meu desafio: que tal, numa próxima ocasião, começar por pedir e dar destaque à opinião de João Vale e Azevedo?... Não se lhe reconhece a ele também um perfil «vencedor»?
Realmente, é caso para perguntar.
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