17 maio 2010

AGORA, MAIS DO QUE PORREIRO, É DO CARAÇAS, PÁ!!!

Consta que terá havido uma fase em que, quando alguém procurava alertar José Sócrates para as consequências dos excessos do seu euroentusiasmo, ele replicava profetizando que dali por 30 anos ainda se ouviria falar do Tratado de LisboaPorreiro, pá! Agora, por estes dias em que o vemos a apreciar o porreirismo em toda a sua plenitude, sujeitando-se aos ditames do exterior, manda a magnanimidade recordar que Sócrates (assim como Zapatero) foram apenas os elos finais de uma cadeia de decisores que nos conduziram até à situação actual, em que, depois de outras, também a condução da nossa política orçamental se parece decidir totalmente em Bruxelas, o resultado final de um daqueles verdadeiros (mas não proclamados) Pactos de Regime – provera que isto fique de emenda para quem os defende, aos tais Pactos de Regime
Humilhação adicional para os dois países ibéricos (esquecendo já a Grécia...), e ao contrário da terminologia que se usava há uns anos atrás, o que se está a passar já nem sequer é uma questão de federalismo europeu, porque numa federação a sério (como será o caso dos Estados Unidos), o governador de qualquer outro estado da União nunca ousaria intrometer-se nas competências do seu homólogo da Califórnia (acima) sobre a forma dele evitar a sua bancarrota eminente. Porém, o que temos estado a assistir é pior: há uma relação de sobranceria de alguns parceiros setentrionais acompanhados de uma subalternidade consentida de Portugal e a Espanha… Não fosse isso, e desde quando é que o Ministro das Finanças sueco (quem?) se permite o descaramento de se pôr a dar indicações sobre orçamentos alheios? – É do Caraças, Pá!
PS - Agora é que eu gostava de ver o animal feroz que também consta haver em Sócrates e vê-lo exibir como troféu o brinquinho do ministro sueco (acima), de preferência com um bocadinho de orelha agarrada...

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