Parece-me que se pretende manter por aí uma grande polémica associada ao Prémio Nobel da Paz atribuído este ano a Barack Obama. Se bem me recordo, o único grande dirigente mundial que conseguiu resolver de imediato a situação de grande tensão que se vivia então à escala mundial mal acabara de chegar ao poder terá sido o Papa Cirilo I em As Sandálias do Pescador. Mas As Sandálias do Pescador é uma obra de ficção… e a narrativa, para que a história tenha um final feliz, até nos poupa os detalhes suplementares de como o processo de paz terá sido implementado… Será que Obama, no mundo a sério, o poderia ter superado?
No mundo real, raramente a Paz se implementa só por decidir distribuir a riqueza acumulada da Igreja Católica para auxiliar os necessitados como anunciou então o Papa Cirilo I. No mundo real, o cinismo pode chegar a que, por vezes, a assinatura de um Tratado de Paz seja apenas uma fase transitória até à obtenção da Vitória final. Para os inúmeros críticos da atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2009 a Obama (e eu concordo que não foi uma escolha feliz…), recordo outros galardoados, os de 1973, Henry Kissinger (Estados Unidos) e Le Duc Tho (Vietname do Norte), pela assinatura do Tratado que punha fim à Guerra do Vietname…
Para além da controvérsia, hoje esquecida, dois anos depois, em Abril de 1975, em Saigão, então capital do Vietname do Sul (acima), o Vietname do Norte mostrava o entendimento que havia dado ao famoso tratado de paz que fora o pretexto para a atribuição do prémio(*). Enfim, sabe-se que as asneiras do passado não podem desculpar as do presente mas, ao menos, deviam servir para moderar o teor das indignações com que comentam as segundas. Creio que em muitos comentários que fui lendo a respeito da distinção agora atribuída a Obama houve superficialidade a mais, que a Paz e a Guerra e a Paz na Terra não são precisamente a mesma coisa…
Para além da controvérsia, hoje esquecida, dois anos depois, em Abril de 1975, em Saigão, então capital do Vietname do Sul (acima), o Vietname do Norte mostrava o entendimento que havia dado ao famoso tratado de paz que fora o pretexto para a atribuição do prémio(*). Enfim, sabe-se que as asneiras do passado não podem desculpar as do presente mas, ao menos, deviam servir para moderar o teor das indignações com que comentam as segundas. Creio que em muitos comentários que fui lendo a respeito da distinção agora atribuída a Obama houve superficialidade a mais, que a Paz e a Guerra e a Paz na Terra não são precisamente a mesma coisa…
Claro
ResponderEliminar:))