As Osttruppen (tropas do Leste) foram unidades do exército alemão constituídas durante a Segunda Guerra Mundial e que eram compostas na sua esmagadora maioria por cidadãos soviéticos conquanto o enquadramento fosse feito por alemães. Embora os alemães já tivessem empregue auxiliares voluntários recrutados localmente na Frente Leste, desde os finais do Outono de 1941, foi só a partir de Março de 1942 que se constituíram os primeiros batalhões regulares (Ostbataillone), cada um com um quadro teórico de 950 efectivos, dos quais apenas 36 eram oficiais e sargentos alemães.
A grande maioria dos efectivos para as constituir veio a ser recrutada nos campos de prisioneiros (recorde-se que os alemães haviam feito cerca de 3,3 milhões de prisioneiros soviéticos), embora os houvesse também voluntários, originários das regiões que havia, ficado sob controlo alemão. A princípio, os alemães privilegiaram o emprego de unidades constituídas à volta de um núcleo de voluntários de outras origens que não fosse a russa, fossem bálticos, como os letões, lituanos e estónios, ou caucasianos, como os georgianos, azeris e arménios, e mesmo asiáticos, como os cazaques, uzbeques ou turcomanos.
Progressivamente, com o evoluir da guerra e o avolumar das baixas, os alemães tiveram de deixar de ser tão selectivos e a incluir russos, ucranianos, etc. No início de 1943, já havia 176 batalhões regulares (150.000 efectivos), esse número mais do que dobrara em Junho de 1943 (320.000) para atingira uma marca rondando os 500.000 em Janeiro de 1944. Havia um General der Osttruppen, Andrei Vlasov, um antigo general soviético de que já falei num outro poste, mas que não mandava nada… Mas as derrotas alemãs da Frente Leste fizeram com que os alemães perdessem a confiança nessas unidades, que foram sendo transferidas para Ocidente.
A grande maioria dos efectivos para as constituir veio a ser recrutada nos campos de prisioneiros (recorde-se que os alemães haviam feito cerca de 3,3 milhões de prisioneiros soviéticos), embora os houvesse também voluntários, originários das regiões que havia, ficado sob controlo alemão. A princípio, os alemães privilegiaram o emprego de unidades constituídas à volta de um núcleo de voluntários de outras origens que não fosse a russa, fossem bálticos, como os letões, lituanos e estónios, ou caucasianos, como os georgianos, azeris e arménios, e mesmo asiáticos, como os cazaques, uzbeques ou turcomanos.
Progressivamente, com o evoluir da guerra e o avolumar das baixas, os alemães tiveram de deixar de ser tão selectivos e a incluir russos, ucranianos, etc. No início de 1943, já havia 176 batalhões regulares (150.000 efectivos), esse número mais do que dobrara em Junho de 1943 (320.000) para atingira uma marca rondando os 500.000 em Janeiro de 1944. Havia um General der Osttruppen, Andrei Vlasov, um antigo general soviético de que já falei num outro poste, mas que não mandava nada… Mas as derrotas alemãs da Frente Leste fizeram com que os alemães perdessem a confiança nessas unidades, que foram sendo transferidas para Ocidente.
Os serviços de informações militares dos Aliados ocidentais descobriram surpreendidos, com a preparação da Operação Overlord (o desembarque na Normandia) que, entre os seus potenciais inimigos após o desembarque, se contavam nada menos do que 76 batalhões de Osttruppen, o que representava já um sexto da infantaria de todo o exército alemão do Oeste. Contando jogar mais em subtileza do que em força se confrontados com as unidades de Osttruppen, às unidades aliadas da Normandia foram adidos intérpretes de russo e dos outros idiomas dos povos do império soviético, pertencentes às diásporas dos Estados Unidos.
Nas ocasiões em que se defrontaram com essas unidades na frente de combate formada em consequência do desembarque, os norte-americanos descobriram espantados que, ao contrário das restantes promessas (a de bom tratamento depois de serem feitos prisioneiros, por exemplo), a promessa do repatriamento provocava nas Osttruppen um efeito completamente contrário ao que deles se desejava, encarniçando-se ainda mais na resistência… Rapidamente os americanos corrigiram o erro e, no geral, as Osttruppen não se distinguiram pelo seu vigor combativo durante a campanha da Normandia…
Mesmo assim, os alemães não tiveram opção senão manter batalhões de Osttruppen em combate até ao fim. Aliás, a última acção militar da Segunda Guerra Mundial na Frente Oeste foi até protagonizada pelos membros de uma dessas unidades, o 882º Batalhão de Infantaria da Rainha Tamara, composto por georgianos, que guarneciam a ilha holandesa de Texel, e que se revoltou contra os alemães em 5 de Maio de 1945, a 3 dias do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Com esse gesto, esperavam mudar uma última vez de lado e salvarem-se do destino que os aguardava na União Soviética. Fracassaram...
E a comandar a comissão de recepção na União Soviética estava, nem mais nem menos, que o nosso conhecido Filip Golikov...
Sem comentários:
Enviar um comentário