02 dezembro 2009

A SEGUNDOS DO DESASTRE

O título deste poste pode parecer um plágio duma série do National Geographic Channel, embora o uso que dele faço no caso tenha um contexto muito específico. Nos desastres da aviação comercial, apesar da ampla cobertura mediática que costumam receber à posteriori, é muito rara, devido às circunstâncias, a existência de imagens do acidente ou dos momentos próximos.
As primeiras são de um Boeing-727 da Pacific Southwest Airlines que, cerca das 9H00 da manhã do dia 25 de Setembro de 1978, acabara de chocar sobre os céus da cidade californiana de San Diego com uma aeronave ligeira, quando se estava a preparar para aterrar no aeroporto daquela cidade, e estava a 20 segundos de se despenhar sobre uma zona residencial da cidade.
As segundas de um DC-10 da American Airlines que ao princípio da tarde (15H00) de 25 de Maio de 1979 acabara de descolar do aeroporto de Chicago. A segunda fotografia é uma ampliação da original, para destacar a assimetria do aparelho que acabara de perder um dos seus três reactores, o situado sob a asa esquerda. Desequilibrada, o voo da aeronave iria durar apenas 31 segundos.
As terceiras de um Concorde da Air France que, também ao princípio da tarde (14H45) de 25 de Julho de 2000 acabara de descolar do aeroporto de Roissy em Paris. Uma peça caída na pista causara o rebentamento de um pneu durante a descolagem que provocara, por sua vez, o incêndio do combustível que é visível nas fotografias. O voo da aeronave iria durar apenas um minuto e 28 segundos.
Sinal da evolução das tecnologias, este último acidente até chegou a ser filmado (vídeo acima). Mas não se tratará de coincidência que, a existência de fotografias se deva ao facto de todos eles tivessem acontecido sobre zonas densamente habitadas. Aliás, em qualquer um dos acidentes descritos, para além das mortes da tripulação e dos passageiros, também veio a haver vítimas mortais no solo.

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