É muito interessante a chamada da primeira página do Público de hoje para o artigo de fundo de José Manuel Fernandes sobre Sarah Palin e a América profunda (acima). É ainda mais interessante o artigo propriamente dito, escrito naquele estilo totalmente engajado do antigo director do jornal, desta vez batendo-se denodadamente em prol da América conservadora, como se a zanga com Obama a que ele se refere se tratasse de uma espécie de reviravolta simétrica ao desprezo que a outra América, a liberal, votou a George W. Bush durante os anos da sua presidência. Mas aquilo que considero o clímax do interesse é a personagem que José Manuel Fernandes considera personificar essa América zangada: Sarah Palin…
No trecho da entrevista (acima) dada o ano passado por John Cleese em que lhe perguntaram o que ele pensa de Sarah Palin, a gargalhada parece-me sair-lhe espontânea, complementada pela explicação de que aquilo que mais o fascina é a forma como há tantas pessoas que a vêm na televisão e não se conseguem aperceber como Sarah Palin nem consegue compreender o significado – impecavelmente pronunciado – daquilo que está a dizer: é como se fosse um papagaio bonito, conclui Cleese. Eu tendo a concordar com Cleese, e Fernandes, obcecado como de costume, nem se terá apercebido da diferença entre a América conservadora e a América estúpida, o equivalente aqui para Portugal do auditório-tipo fiel à TVI, aquele que julga que o Inspector Max é a versão portuguesa do Comissário Rex…
Pimba!*
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*[Estou consciente da polissemia da palavrinha, acho eu.]