A 10 de Junho de 1940, no meio do enorme caos representado pela segunda fase da Invasão de França pela Wehrmacht, a Itália aproveitou a ocasião para declarar guerra tanto à França como ao Reino Unido. Em Roma, Benito Mussolini chegou mesmo a encenar uma cerimónia de estadão (acima), mas nos cumes alpinos das regiões da fronteira franco-italiana as coisas decorriam com muito mais tranquilidade. Dois dias depois daquela gigantesca cerimónia, em que Benito Mussolini anunciou que a palavra de ordem era vencer e prometeu que se venceria (*), os franceses ainda assinalavam apenas os costumeiros contactos cordiais entre as patrulhas dos dois lados.
Perante a rapidez do avanço alemão, o Duce teve que espicaçar o Marechal Pietro Badoglio a tomar rapidamente a ofensiva comentando cinicamente que precisava de alguns milhares de baixas para que a Itália se pudesse sentar honrosamente à mesa da conferência de paz. Iniciada a 20 de Junho, a ofensiva italiana, abrangendo três exércitos (I, IV e VII) e 32 divisões revelou-se o primeiro de uma enorme colecção de fiascos que as armas italianas iriam coleccionar ao longo do conflito. Os dias decorriam e não havia maneira das unidades italianas conseguirem penetrar em profundidade no dispositivo defensivo do exército do General René Olry (acima).
(*) – Conteúdo do trecho do discurso de Mussolini:La parola d'ordine, è una sola, Categorica! ed impegnativa per tutti Essa già trasvola, ed accende i cuori dalle Alpi, all'oceano Indiano: VINCERE!!! ...e VINCEREMO!!!
(**) – Contrariamente às convenções, este mapa encontra-se orientado com o Sul para cima.
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