Já há 35 anos, qualquer acontecimento, para ser importante em termos informativos, tinha que ter imagens. E então se esse acontecimento fosse um Golpe Militar num país ocidental e da NATO mais essas imagens – boas imagens! – eram prementes. Contudo, a passividade de dois dos ramos das Forças Armadas (a Armada e a Força Aérea) durante a maior parte do Golpe (abaixo, uma fragata no Tejo junto ao Terreiro do Paço) fizeram com que as melhores fotografias com gadgets do 25 de Abril viessem a ser as com blindados.
Terá sido assim por causa do seu equipamento mecanizado que as unidades e os militares da Arma de Cavalaria acabaram por adquirir uma visibilidade desproporcionada em relação ao conjunto dos acontecimentos que tiveram lugar a 25 de Abril(*), factor que tanto se aplica para a boa imagem, protagonizada pela actuação da coluna da Escola Prática de Cavalaria, como para a má imagem, fazendo dos esquadrões do Regimento de Cavalaria 7 os últimos pretorianos que pareceram dispostos a defender o regime que então se desmoronava.
Agora observe-se a fotografia abaixo, tirada pouco antes do meio-dia na Avenida Ribeira das Naus, com dois carros de combate M-47 de Cavalaria 7 ao fundo e com o Capitão Salgueiro Maia (no centro do quinteto mais próximo) conferenciando com o oficial comandante da força atacante, o Tenente-Coronel Ferrand de Almeida (à direita). E observe-se como, dos quatro oficiais de Cavalaria fardados, Maia foi o único deles que não partiu para fazer uma Revolução, nem para defender um Regime, calçando as anacrónicas botas de montar com esporins…
(*) Não havia nenhum oficial de Cavalaria no PC da Pontinha, por exemplo.
As fotografias acima são de Alfredo Cunha.
Terá sido assim por causa do seu equipamento mecanizado que as unidades e os militares da Arma de Cavalaria acabaram por adquirir uma visibilidade desproporcionada em relação ao conjunto dos acontecimentos que tiveram lugar a 25 de Abril(*), factor que tanto se aplica para a boa imagem, protagonizada pela actuação da coluna da Escola Prática de Cavalaria, como para a má imagem, fazendo dos esquadrões do Regimento de Cavalaria 7 os últimos pretorianos que pareceram dispostos a defender o regime que então se desmoronava.
Agora observe-se a fotografia abaixo, tirada pouco antes do meio-dia na Avenida Ribeira das Naus, com dois carros de combate M-47 de Cavalaria 7 ao fundo e com o Capitão Salgueiro Maia (no centro do quinteto mais próximo) conferenciando com o oficial comandante da força atacante, o Tenente-Coronel Ferrand de Almeida (à direita). E observe-se como, dos quatro oficiais de Cavalaria fardados, Maia foi o único deles que não partiu para fazer uma Revolução, nem para defender um Regime, calçando as anacrónicas botas de montar com esporins…
(*) Não havia nenhum oficial de Cavalaria no PC da Pontinha, por exemplo.
As fotografias acima são de Alfredo Cunha.
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